Flavio R. Cavalcanti - 30 Mai. 2014Há poucas indicações de quais seriam os terminais multimodais previstos, até o momento, para a Ferrovia Norte-Sul. O mapa disponível no site da Valec em Mai. 2014 (acima) indica 12 pátios e 1 polo o que não quer dizer absolutamente nada, já que vários desses pátios são também terminais multimodais. Enfim, nada impede que novos terminais venham a ser implantados, onde não estavam previstos, inclusive, onde ainda não há pátio de cruzamento de trens. A tabela abaixo indica os pátios que constam do mapa, com destaque (em negrito) para os terminais multimodais listados no site da Valec em Mai. 2014 além de Aguiarnópolis (TO), previsto no Edital nº 001/2006; Imperatriz (MA), cuja existência pode ser facilmente constatada no Google Maps / Earth; Gurupi (TO), inaugurado em 20 Mai. 2014; e Anápolis (GO), previsto para Ago. 2014.
A previsão de um terminal multimodal em Aguiarnópolis (TO), a tão pequena distância do de Porto Franco (MA), pode ser explicada por motivos de economia política e logística: Nenhuma unidade federativa gostaria de ver sua produção ser levada para embarque no estado vizinho; e a necessidade de uma ou mais pontes sobre o rio Tocantins sempre será um gargalo a desaconselhar o aumento impensado do número de caminhões.
O grande espaçamento entre os terminais intermodais de Palmas (TO) a Porangatu (GO), e de Santa Isabel (GO) a Anápolis (GO) sugere que o desenvolvimento dessas regiões poderá levar à criação de mais alguns terminais intermodais. Embora incluída na tabela acima, a possibilidade de implantação de um terminal intermodal da Valec em Açailândia deve ser considerada com cautela, por situar-se praticamente dentro da Estrada de Ferro Carajás, que chegou primeiro, e cujo interesse é captar, ela mesma, as cargas potenciais das áreas próximas. Contratos em 2006A tabela abaixo, de usuários e produtos atendidos na FNS em 2006, tem certo interesse como registro dos fluxos de transporte existentes na ferrovia, antes de sua operação ser subconcedida à Vale.
Observe a fraca participação do pátio ferroviário de Imperatriz (MA) como expedidor de cargas, praticamente limitada à devolução de engradados de vasilhames de bebidas da Refrima ao passo que recebia adubos provenientes de São Luís (MA), além dos engradados cheios. Isto lança certa luz sobre por que a distância média percorrida pelos trens de carga (TKU/TU) praticamente se deslocou para Porto Franco (MA), tão logo este terminal multimodal entrou em operação efetiva, a partir de 2001 [Cronologia]. Resta conferir se não é no terminal intermodal de Imperatriz que se situa o Pátio Engº Manuel Tavares, onde Cimento Poty arrendou área de 3,1 hectares, ainda em 2001. Este nome não é encontrado pelo Google em nenhuma outra parte do site da Valec exceto na relação de contratos de arrendamento de áreas nos terminais multimodais (abaixo).
Imperatriz é a única localização maranhense de um escritório da Cimento Poty encontrada na web, exceto São Luís. Como em 2001 a FNS só tinha 5 pátios ferroviários, Açailândia, Serra do Cravim, Imperatriz, Fazenda Maravilha e Porto Franco, esta é uma hipótese razoável.
Terminais multimodais em 2014A tabela abaixo mostra o evidente desenvolvimento da Ferrovia Norte-Sul, não só em extensão implantada, como principalmente na conquista de clientes cativos e volume de cargas, nos 8 anos que vão de 2006 a 2014.
Se Porto Franco (MA) permanece um dos principais terminais intermodais de movimentação de grãos pela Ferrovia Norte-Sul, Porto Nacional / Palmas emerge como o principal polo ferroviário de cargas para toda a vasta região central do estado de Tocantins.
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Pátios & pátiosOs pátios ou terminais multimodais, às vezes chamados intermodais, são áreas de dezenas de hectares, anexas à ferrovia, destinadas à instalação de equipamentos para trasbordo de carga. Os mais comuns, até agora, são terminais de soja, fertilizantes e combustíveis. Os pátios de cruzamento tendem a ser bem mais numerosos, formados por pelo menos duas linhas paralelas, com extensão suficiente para conter dois trens inteiros, viajando em sentidos opostos, além de instalações necessárias à operação da ferrovia, como postos de abastecimento de locomotivas e outros serviços. À medida em que aumenta a demanda por transporte, os pátios de cruzamento devem ser alongados, para receber trens maiores; e/ou devem ser construídos mais pátios, reduzindo o espaçamento entre eles, para permitir o trânsito de maior número de trens, nos dois sentidos, e no mesmo período de tempo. O aumento da demanda também leva à criação de mais terminais de carga, sempre considerando que uma ferrovia é uma linha de produção, fixa, dentro da relação custo / benefício. Não se investe, desde o início, para um nível de demanda que ainda está no horizonte do futuro.
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