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Ferreomodelismo
Instalando engates e truques Phoenix

Alexandre Santurian – Centro-Oeste nº 65 (10-Abr-1992)

Em Jan/02 pp., adquiri no Alfredo Lupatelli, pelo Sedex, 3 pares de truques Phoenix do tipo Bettendorf T-Section, ao preço de Cr$ 3.800 / par, e 3 pares de engates Phoenix a Cr$ 1.800 / par. Como sempre faço, creditei o total na conta dele no Itaú e fiz o pedido por DDD. Em 24h o material chegou às minhas mãos.

Como o Flávio já mencionou no CO, realmente os truques atuais têm uma rolagem muito mais suave do que os primeiros modelos, de 1987, que ele me enviou. O eixo dos rodeiros também apresenta agora um diâmetro bem menor, se bem que, na minha opinião, não vejo nenhum problema com o diâmetro do eixo dos rodeiros da "primeira geração" (1987).

Os truques atuais também vêm com as rodas escurecidas, enquanto os primeiros apresentavam rodas na cor natural do latão.

As dimensões das rodas — e dos truques — são menores e mais reais, que as dos truques Frateschi. O sistema de travessas independentes, com molas (verdadeiras) de equalização, é muito interessante. Outro ponto positivo é a variedade de truques que a Phoenix coloca à disposição do modelista — Arch-Bar, Ride-Control, Bettendorf, Bettendorf T-Section e Barber Stabilized.

Ainda não testei suficientemente os truques Phoenix, na minha frota. Estou procurando estudar o material com cuidado, para depois colocá-lo em alguns vagões Frateschi.

Na minha opinião, temos que cortar o pino de ressalto sob o chassi do vagão, onde o truque é aparafusado, para que o vagão seja um pouco rebaixado. Senão, mesmo com o truque metálico Phoenix, o centro de gravidade do vagão ficará um tanto alto e irreal.

Penso que também precisamos fazer uma pequena cavidade na longarina dos vagões (nas extremidades), para instalar a caixa do engate Phoenix na altura compatível com o engate do truque Frateschi — se quisermos fazer composições mistas.

Se a altura do engate Phoenix ficar superior à do engate do truque Frateschi, podemos fazer um pequeno calço do tamanho da caixa de engate Phoenix. O material pode ser o separador de arquivos (fichários) marca Menno, feito de poliestireno com 0,635 mm.

N. R.: Ver artigo de Fábio Dardes sobre o nivelamento de engates Kadee, no CO-23/11. A propósito de truques, ver artigo do Marcos Bertossi no DC-11-12/24 (FRC).

Engate Phoenix

Até o momento, só adaptei o engate Phoenix — híbrido Kadee / Frateschi — na minha GP-50, através de um simples encaixe na abertura da testeira.

O visual desse engate é muito melhor que o do engate Märklin, mencionado no CO-62/14, além de se re-centralizar automaticamente, após a curva, pois em seu interior tem uma mola de centralização e absorção de choques.

  

O que me deu mais trabalho foi a compatibilização com a altura do engate dos vagões Frateschi, já que a altura do apoio existente nessa locomotiva Athearn é ligeiramente superior.

Com um alicate, ajustei o alinhamento do ponto de apoio da locomotiva, e só encaixei o engate pelo rasgo da testeira, quando do encaixe do corpo da locomotiva ao chassi. Ainda estou estudando se esta é a posição correta, para depois colar definitivamente as caixinhas — ou no ponto de apoio do chassi, ou na parte superior do rasgo da testeira.

Entretanto, ainda tive que usar o vagão-madrinha com peso, descrito no CO-62/14, entre a locomotiva a composição. Como o engate é fixado no chassi da locomotiva, e ela tem um comprimento de 192 mm entre testeiras, o engate precisa frazer o jogo lateral máximo, nas curvas de raio = 360 mm. Se o vagão engatado for leve, o jogo do engate causa o descarrilamento do primeiro truque, na tomada da curva.

Se o vagão engatado tiver peso suficiente, e a altura dos engates estiver correta, não há problemas, mesmo na curva de raio = 360 mm, e podemos rodar o trem em qualquer velocidade.

Para mim, já foi um grande avanço, o fato do engate Phoenix me dispensar de ter que alinhar o antigo engate Kadee / Märklin com o dedo, para engatar na composição...

O engate Phoenix — híbrido Kadee / Frateschi — é excelente, e funciona como um engate de verdade, pois a mola centralizadora faz o papel do "aparelho de choque e tração" do engate-protótipo.

Apenas, gostaria de uma dica sobre como aparafusar a caixinha do engate Phoenix à longarina do vagão, pois a caixinha é fechada.

Truques de 1987

Quanto aos truques Phoenix que recebi do CO — fabricados em 1987 —, no início dos testes causaram alguns descarrilamentos na tomada das curvas. Agora, já não descarrilam mais, pois fiz um pequeno realinhamento das travessas e das molas de equalização, que — salvo engano — provocavam aqueles pequenos acidentes.

Embora sua rolagem fosse menos macia que a dos truques atuais, eles agradam. Experimentei em bem poucos vagões, e realmente eles ficaram mais estáveis nas curvas. Também fiz pequenos testes desses velhos truques Phoenix em alguns vagões norte-americanos que estão em meu poder, e os resultados foram satisfatórios.

Entretanto, ainda não me aprofundei muito nas experiências com esses truques antigos.

Containers

Penso que o lançamento dos vagões-prancha PSQ e PNO pela Phoenix (CO-62) é uma ótima pedida, pois ajudará a diversificar um pouco o material rodante que temos à disposição para nossas mini-ferrovias.

O PSQ da Fepasa será ótimo para o transporte de containers. Quem não dispuser de chapas de estireno, para construir containers, poderá fazê-los com papel-cartão (DC-11-12/7).

Existem containers com 2 dimensões-padrão nominais: 20 pés de comprimento (6,1 m = 70 mm HO) e 40 pés de comprimento (12,2 m = 140 mm HO), e que podem ter paredes lisas ou corrugadas.

Traçado dos trilhos na maquete

Mini-ferrovia

Fiz algumas modificações no traçado da minha maquete (DC-13/13), já que ela ainda não possui decoração: — Eliminei as curvas de raio = 360 mm; mantive as de 418 mm; e acrescentei curvas de raio = 482 mm, usando as grades rígidas ref. 4083 e 4166 Frateschi. Só perdi meia-reta (110 mm), ou seja, tirei uma grade ref. 4220 de cada linha longitudinal, colocando em seu lugar uma grade ref. 4110.

Gostei dos resultados. Só estou usando 8 AMVs (operados manualmente) e raios de curva = 418 e 482 mm. A linha dupla ficou restrita à metade do traçado. O lay-out dos pátios permanece o mesmo, apenas com meia-reta (110 mm) a menos em cada linha.

Agora, as locomotivas C-C americanas rodam sem problemas.

É claro que não sobrou espaço para a estação, mas posso colocá-la ao lado do compensado, já que a maquete é operada em cima da cama. Pensei em utilizar grades flexíveis, mas ainda não me considero suficientemente treinado para assentá-las.

Se este for o lay-out definitivo, vou deixar a preguiça de lado e partir para a decoração. Também retirei a ponte metálica, pois não tinha nada a ver.

Consolidation

Recebi em Fev/20 um novo jogo de contra-pesos para a Consolidation. Eu havia escrito ao Celso Frateschi em 91/Dez, sobre como melhorar a aderência da locomotiva, e o fabricante enviou-me os novos pesos gratuitamente.

Encomendei à Strambi & Frenhi o novo vagão-plataforma da Frateschi, ref. 2033, e a estação de Eng° Passos, aproveitando a tabela de março, já que a Pipa's (Salvador) não encomendará agora os novos lançamentos, por ainda ter muito material Frateschi. Desta vez, pedi como encomenda normal, pois o Sedex está muito caro.

Estrangeiras

Tenho vontade de, um dia, possuir uma locomotiva RS-3 para, quem sabe, modificá-la para as cores da EFCB ou da Rede. Como não existe modelo desta locomotiva no Brasil — pelo menos, ainda não é fabricada aqui —, temos que comprar um modelo estrangeiro.

O da Atlas / Kato é muito caro, acima de US$ 60. Entretanto, a Model Power produz a RS-2, muito semelhante, vendida a US$ 11,99 na Hobbyland (343 Lincolnway West // South Bend, Indiana 46601 // EUA) e na Train World (751 McDonald Ave. // Brooklyn, NY 11218 // EUA), mais os custos de embalagem e postagem, de 20%, mínimo US$ 19,95.

Eu não conheço as locomotivas Model Power mas, lendo o artigo do companheiro Délio Araújo (DC-19/6), vejo que ele tem uma Alco 628 dessa marca, e afirma não ter problemas de contato e aderência.

Liguei para a Train Shop e conversei com o Marzio Casagrande, por sinal muito atencioso e educado. Ele desaconselhou a compra de uma locomotiva Model Power, pois disse-me que só 1 dos truques é motorizado, apresentando desempenho inferior ao da Athearn, e não tem iluminação.

Importação

As taxas de importação eram de 250% para brinquedos eletro-eletrônicos, e de 40% para os mecânicos. Em Janeiro, telefonei novamente ao setor de Colis Posteaux da ECT em Salvador e fui informado de que a alíquota para os eletro-eletrônicos havia baixado para 100%, permanecendo em 40% a dos brinquedos mecânicos.

Em Fevereiro, o governo anunciou que a faixa de isenção para a importação de qualquer produto via Correios passou de US$ 20 para US$ 50. Para valores de US$ 50 até US$ 500, incidem as taxas de importação, e podemos utilizar os cartões de crédito internacionais nessas transações.

A título de experiência, encomendei uma locomotiva GP-38-2 da Athearn e alguns pares de engate Kadee n° 5, junto à Discount Train Warehouse // Dept. MR 1191 // 777 W. Imperial Hwy. // Brea, CA 92621 // EUA.

Agradecimentos

Fico lisonjeado com as palavras de incentivo do companheiro Paulo R. B. Silva, Rio, RJ (CO-62/6), e até encabulado. Mas reafirmo que apenas sou um curioso do hobby, e não técnico. Apenas procuro colocar no papel as experiências que faço, aliás bastante primárias.

Agradeço sinceramente ao companheiro Carlos Pereira, Paraíba do Sul, RJ, pela dica (CO-62/11) para eliminar o faiscamento inicialmente verificado nas rodas do tênder da minha 2-8-0 Frateschi. Entretanto, o faiscamento desapareceu com as mexidas que o amigo Melo e eu fizemos na máquina, além da caprichada limpeza dos trilhos.

  

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