A versão do vagão prancha PES para bitola métrica tem prefixo PED. Seu protótipo tem 14,74 metros de comprimento, e a RFFSA tem centenas de unidades, pintadas em preto ou marrom. A EF Vitória a Minas, da Vale, também tem vagões prancha desse tipo, porém com estrado de madeira, prefixo PME, na mesma cor de suas locomotivas. Podemos fazer esses 2 vagões — PED e PME — em escala HO, a partir do modelo ref. 2033 da Frateschi. |
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Após os cortes, uni as 2 partes com auxílio de um retalho de plástico, inserido na parte inferior do vagão, entre as longarinas, para alinhar o conjunto (Desenho n° 2). Coloquei o vagão no esquadro e apliquei 2 gotas de Super-Bonder na emenda, por baixo do vagão. A cola espalhou-se por capilaridade e conferiu maior firmeza ao plataforma. Em seguida, calafetei a emenda com massa Durepóxi, aplicada com faquinha tipo estilete. Deixei secar por 2 horas e lixei com lixa d'água n° 400, procurando disfarçar bem a emenda. Os fueiros, para maior realismo, foram cortados numa altura média de 13 mm. A pintura foi feita com esmalte sintético spray Coralit, preto fosco n° 012 (RFFSA) e Colorgim marrom rio 378 (Vale). Não retirei as letrinhas originais — pintei por cima.
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O engate Kadee é preferido por muitos modelistas, em virtude da grande semelhança com os engates em uso nas ferrovias-protótipo, tanto em aparência quanto em funcionamento. Faz, também, com que os vagões fiquem mais próximos uns dos outros, num espaçamento mais real. Não só os vagões e locomotivas, isoladamente, ficam com melhor aparência, como o trem inteiro.
A mudança para esse tipo de engate, em toda a frota, representa um investimento relativamente alto, para muitos, e não deve ser feito sem um bom estudo prévio da opção.
Através das fotos, o leitor poderá ver o engate Kadee n° 5, muito usado na escala HO. Fica mais real instalá-lo no corpo do vagão. Entretanto, para os que possuem maquetes pequenas, com curvas fechadas, a montagem nos truques é a mais indicada, pois evita desengates acidentais e descarrilamento durante o tráfego. Veja na foto n° 3 (detalhe) como a caixinha do engate Kadee foi colada sobre o truque Frateschi. Neste caso, foi necessário limar ligeiramente a parte inferior das testeiras dos vagões, para facilitar o movimento lateral da caixinha do engate.
Os equipamentos ferroviários, por operarem ao ar livre, expostos à ação do tempo, costumam ficar sujos de óleo, fuligem e poeira, apresentando evidências de onde estiveram circulando e do material que andaram transportando.
Carros de passageiros são lavados de tempos em tempos, mas os vagões de carga vão acumulando sujeira até receberem reforma e nova pintura. O "envelhecimento" de vagões em miniatura é um acabamento para imitar os trens-protótipo também nesse aspecto.
De um modo geral, é melhor envelhecer vagões claros com cores mais escuras, e vice-versa. Assim, envelheci os vagões-plataforma com giz pastel cinza, misturado com amarelo claro. Apliquei o pó de giz com pincel fino n° 2, primeiro na superfície superior, e depois nas laterais, seguindo a direção em que a chuva carrega a sujeira.
Recobri esse trabalho com uma leve camada de verniz brilhante em spray, para selar o giz. Usei verniz brilhante, porque só após o envelhecimento apliquei os decais LAF, evitando assim que ficassem marcas dos filmes. Somente após a aplicação de todos os decais, é que apliquei outra camada de verniz fosco, para o acabamento.
Já o envelhecimento dos truques foi feito com a chamada "técnica do pincel seco". Molhei metade das cerdas do pincel em tinta craquelê, na cor siena queimada. Em seguida, retirei quase toda a tinta esfregando o pincel num pedaço de papel-toalha. A idéia é esfregar as laterais dos truques com um pincel já quase seco, de modo que a tinta só se fixe nas partes salientes. Muita tinta, borra o modelo; e, se o pincel estiver seco demais, não sairá tinta nenhuma.
Assim, é preciso retirar do pincel a quantidade certa de tinta, com auxílio do papel-toalha. Com a prática, logo se aprende, e em pouco tempo consegue-se pintar e salientar apenas os detalhes. A cor siena queimada imita a ferrugem que costuma aparecer nos truques e partes inferiores dos vagões.
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