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Estradas de ferro
Codificação dos vagões no Brasil
Fonte: Informativo Frateschi n° 20 e 21 (1982)
Centro-Oeste n° 72 — 1°-nov-1992
Quadro I – Categoria de vagão, e características especiais por categoria |
A |
Gaiola |
AC
|
Gaiola com cobertura, estrado e estrutura metálica (inclui réguas de madeira) |
AM
|
Gaiola com cobertura, de madeira |
AR
|
Gaiola para animais de raça |
AV
|
Gaiola para aves |
AD
|
Gaiola descoberta |
AQ
|
Gaiola - Outros tipos |
C |
Caboose |
CC
|
Caboose convencional |
CB
|
Caboose com compartimento para bagagens |
CQ
|
Caboose - Outros tipos |
F |
Fechado |
FR
|
Fechado convencional - Caixa metálica com revestimento |
FS
|
Fechado convencional - Caixa metálica sem revestimento |
FM
|
Fechado convencional - Caixa de madeira ou mista |
FE
|
Fechado com escotilhas |
FH
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Fechado com escotilhas - Fundo em lombo de camelo ou Tremonhas (Hopper) |
FB
|
Fechado com escotilhas - Portas basculantes - Fundo em lombo de camelo |
FP
|
Fechado com escotilhas - Portas basculantes - Fundo em lombo de camelo - Proteção anti-corrosiva |
FL
|
Fechado com laterais corrediças (all door) |
FV
|
Fechado ventilado |
FQ
|
Fechado - Outros tipos |
G |
Gôndola |
GD
|
Gôndola para descarga em virador (car dumper) |
GP
|
Gôndola de bordas fixas e portas laterais |
GF
|
Gôndola de bordas fixas e fundo móvel (drop-bottom) |
GM
|
Gôndola de bordas fixas e cobertura móvel |
GT
|
Gôndola de bordas tombantes |
GS
|
Gôndola de semi-bordas tombantes |
GH
|
Gôndola de bordas basculantes ou semi-tombantes - Fundo em lombo de camelo |
GC
|
Gôndola de bordas basculantes ou semi-tombantes - Fundo em lombo de camelo - Cobertura móvel |
GB
|
Gôndola basculante |
GQ
|
Gôndola - Outros tipos |
H |
Hopper |
HF
|
Hopper fechado convencional |
HP
|
Hopper fechado com proteção anti-corrosiva |
HE
|
Hopper tanque (center-flow) com proteção anti-corrosiva |
HT
|
Hopper tanque (center-flow) convencional |
HA
|
Hopper aberto |
HQ
|
Hopper - Outros tipos |
I |
Isotérmico |
IC
|
Isotérmico convencional |
IF
|
Isotérmico frigorífico |
IQ
|
Isotérmico - Outros tipos |
P |
Plataforma |
PM
|
Plataforma convencional com piso de madeira |
PE
|
Plataforma convencional com piso metálico |
PD
|
Plataforma convencional com dispositivo para containers |
PC
|
Plataforma para containers |
PR
|
Plataforma com estrado rebaixado |
PT
|
Plataforma para auto-trem |
PG
|
Plataforma para piggy-back |
PP
|
Plataforma com cabeceira (bulkhead) |
PB
|
Plataforma para bobinas |
PA
|
Plataforma com 2 pavimentos para automóveis |
PQ
|
Plataforma - Outros tipos |
Q |
Qualquer |
QQ
|
Qualquer - Qualquer (Outros tipos) |
T |
Tanque |
TC
|
Tanque convencional |
TS
|
Tanque com serpentinas para aquecimento |
TP
|
Tanque para produtos pulverulentos (em pó) |
TF
|
Tanque para fertilizantes |
TA
|
Tanque para cidos ou outros líquidos corrosivos |
TG
|
Tanque para gás liquefeito de petróleo |
TQ
|
Tanque - Outros tipos |
|
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A codificação dos vagões foi estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a partir das normas da Association
of American Railroads (AAR).
Compõe-se de:
- 3 letras, onde as 2 primeiras identificam o tipo e o sub-tipo de vagão (Quadro I); e a terceira indica seu peso máximo (tara + lotação),
de acordo com a bitola (Quadro II);
- 6 dígitos para a numeração, que é única para todo o Brasil — identifica a ferrovia (Quadro III);
- 1 dígito verificador (check digit), que permite ao computador — através de uma rotina simples de cálculo — rejeitar erros por distração
do digitador; e
- 1 letra opcional, que na RFFSA indica a Regional onde o vagão está lotado (Quadro IV).
Quadro II - Peso Máximo |
Peso máximo admissível |
Bitola Métrica |
Bitola 1,60 m |
30,0 t
|
A
|
-
|
47,0 t
|
B
|
P
|
64,5 t
|
C
|
Q
|
80,0 t
|
D
|
R
|
100,0 t
|
E
|
S
|
119,5 t
|
F
|
T
|
143,0 t
|
G
|
U
|
+ de 143,0 t
|
H
|
-
|
Quadro III - Numeração |
Proprietário |
Faixa Numérica |
Primeiro Dígito |
Particular
|
000.001 a 099.999
|
0
|
EFVM
|
100.000 a 299.999
|
1 e 2
|
Fepasa
|
300.000 a 599.999
|
3, 4 e 5
|
RFFSA
|
600.000 a 999.999
|
6, 7, 8 e 9
|
Quadro IV - Regionais da RFFSA |
Letra |
Lotação |
B
|
Fortaleza (CE)
|
C
|
Recife (PE)
|
D
|
Salvador (BA)
|
E
|
Belo Horizonte (MG)
|
F
|
Juiz de Fora (MG)
|
G
|
Campos (RJ)
|
H
|
Subúrbio do Rio de Janeiro (RJ)
|
I
|
Santos a Jundiaí (SP)
|
J
|
Bauru (SP)
|
L
|
Curitiba (PR)
|
M
|
Tubarão (SC)
|
N
|
Porto Alegre (RS)
|
Há 2 coisas que não sei, ou só posso deduzir — e peço a quem souber que entre em contato:
Check Digit
Frequentemente, o modelista dispõe de informação apenas sobre a "faixa de numeração" de uma série de vagões — de tanto a tanto, "pulando"
tais e tais números.
Ao aplicar os decais no modelo pronto — percebe que não dispõe de informação sobre o dígito verificador de cada vagão daquela série.
Para calcular o dígito verificador (check digit), siga estes passos:
- Multiplique por 7 o primeiro dígito da numeração;
- Multiplique por 6 o segundo dígito da numeração;
- Multiplique por 5 o terceiro dígito da numeração;
- Multiplique por 4 o quarto dígito da numeração;
- Multiplique por 3 o quinto dígito da numeração;
- Multiplique por 2 o sexto dígito da numeração;
- Some estes 6 produtos;
- Divida esta soma por 11 e guarde o "resto";
- De 11, subtraia esse "resto";
- O dígito verificador é o resultado dessa subtração.
Numa divisão por 11, o "resto" pode variar de 0 a 10.
- Se o "resto" for 1, a subtração (11 menos 1) dará 10. Neste caso, o dígito verificador é 0;
- Se o "resto" for 0, a subtração (11 menos 0) dará 11. Neste caso, o dígito verificador é 1;
- Se o "resto" da divisão for 10, a subtração (11 menos 10) dará 1, e o dígito verificador será 1 de novo.
Computador
Todas essas contas são uma evidente chateação. Haja lápis! No mínimo, você precisa de uma calculadora.
Eis, à direita, uma rotina dBase para calcular o dígito verificador de vagões em microcomputador PC.
Ele pede o número do vagão na 10ª linha da tela; checa se o número fornecido tem 6 dígitos; e devolve o número completo — com o check
digit — na 15ª linha da tela.
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Se estiver tudo Ok, tecle "Enter". Ele guarda o número completo no banco de dados "Checados.Dbf", para qualquer consulta futura.
Este banco de dados deve ser criado antes de usar o programa, e terá pelo menos 1 campo-caractere de 9 espaços, chamado "NumeroOk".
Na parte esquerda da tela, os números já calculados vão sendo apresentados da 2ª até a 21ª linha, para você verificar o que acaba de fazer.
Preenchida a 21ª linha, limpa-se a tela para começar de novo.
Após limpar a tela — ou após sair do programa e começar outra vez — o último número calculado será apresentado na 1ª linha.
Para sair do programa, digite "F" de "fim" em Ok. Para corrigir o número, digite qualquer letra em Ok. Isso evita guardar um número que não
interessa. Após a correção, limpe "Ok" com a barra de espaço.
É uma rotina tosca. Quem dispõe de um PC (em casa ou no trabalho) poderá aperfeiçoá-la — ou aproveitar o núcleo dentro de outro programa.
Na 17ª linha da tela, a rotina apresenta o "verdadeiro" dígito verificador — inclusive quando é 10 ou 11.
Para testar essa rotina, chequei números dos últimos COs; do catálogo Frateschi; e várias fotos do arquivo.
Foram reprovados: — Um dos cabooses relatados pelo Joel G. Pires na baixada santista (CO-71/18); e os vagões
que a Phoenix apresentou em pré-lançamento na I Feira CP (CO-62)...
Vagões antigos
Esta codificação não se aplica aos vagões antigos, nem à "pintura antiga" dos vagões que ainda existem hoje. Em 1982,
nenhum modelo da Frateschi representava protótipo — ou "pintura" — com esta codificação.
Em 1982, a RFFSA começa a estudar a implantação do Sistema de Gerenciamento Operacional (Sigo), através de computadores.
Em revistas de 1983, já se vê fotos de alguns vagões com esta codificação.
Em 1984, vigora a atual numeração das locos da RFFSA
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