Flavio R. Cavalcanti - Ago. 2013O lançamento do ferreomodelo de locomotiva Alco FA1 foi o tema de capa da RBF nº 4 [Ano I, Out./Dez. 1988; Ano II, Jan./Mar. 1989], postada nos Correios em 7 Ago. 1989. O longo Editorial [p. 1-3] anunciava: Este ano será (...) aquele em que acontecerá o maior número de inovações da linha Frateshi. De fato, a seção Novidades [p. 3-8] anunciava uma longa lista de lançamentos, inovações e aperfeiçoamentos:
Ferreomodelo Alco FA1Quarta locomotiva lançada pela Frateschi, após a G12, G22U e U20C, a Alco FA1 foi a primeira realmente em escala 1:87. Isso pode ter sido facilitado pelas maiores dimensões da locomotiva protótipo corpo largo e 10 mm a mais de altura em escala HO, mas também refletia um projeto, muito bem estudado, de disputar mais espaço no mercado internacional. «Várias foram as FAs fabricadas por firmas estrangeiras, mas a Frateschi superou todas, por 1.000 a 0, não só em matéria de FA, mas também de truques Alco» afirmava a Frateschi. Daí, a decisão de reproduzir com fidelidade o protótipo original da Alco no escapamento e no farol, ao invés do protótipo com as modificações adotadas no Brasil. Entre os aperfeiçoamentos, a Frateschi apontava que, pela primeira, numa locomotiva [ferreomodelo] nacional, aparecem o ventilador do radiador e a estrutura por trás das grades laterais; o motor já vinha fixado sobre nova suspensão, mais silenciosa e suave; escurecimento dos contatos de captação de energia por trás das rodas; parafusos dos redutores enegrecidos para melhor acabamento; fios mais flexíveis para melhorar a mobilidade dos truques; engate dianteiro sem o anel (que poderia ser acrescentado pelo ferreomodelista); substituição dos antigos parafusos de fixação da casca ao chassi por encaixes laterais; maior detalhamento do tanque de combustível, caixas de baterias e reservatório de ar etc.
A locomotiva histórica da FrateschiO artigo de Fábio Dardes [p. 11-15] resume o surgimento do projeto da locomotiva pela Alco, de 1940 (série 241), e seus desenvolvimentos posteriores (motor 244, especificações DL.208, DL.208A, DL.208B e DL.508C). A EFCB recebeu suas 12 locomotivas FA1 (especificação DL.208A) em Maio e Junho de 1948, constituindo-se o primeiro lote desse modelo a ser exportado; e teriam sido também as primeiras locomotivas diesel covered wagon a rodar no Brasil. Pela análise de fotos e documentos, concluía que as locomotivas FA1 chegaram ao Brasil equipadas com turbo-alimentador refrigerado a ar (saída do escape longitudinal ao motor diesel), posteriormente substituído por turbo refrigerado a água (saída do escape transversal ao motor diesel); porém não conseguiu determinar se a modificação foi feita ainda na época da EFCB, ou já na época de formação da RFFSA (após 1957). O posicionamento da buzina sobre o nariz estaria ligado ao gabarito da EFCB, mais restritivo que o das ferrovias norteamericanas. Sua primeira pintura era a de vermelho cereja com faixa na cor marfim com frisos pretos e a inscrição CENTRAL em branco, com as letras sombreadas de verde (sombra projetada, ou shadow). Mais tarde receberam um segundo padrão de pintura Destinaram-se, inicialmente, à tração de trens de passageiros entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Após a criação da RFFSA começaram a ser utilizadas também em trens de carga. Com a chegada de outras locomotivas mais potentes, foram gradualmente relegadas aos serviços de manobra e de lastro. Ao ser publicado o artigo, já tinham sido baixadas e sucateadas, com exceção da locomotiva nº 3211 oficialmente 7099, nos arquivos, porém não renumerada, nas oficinas de Engenho de Dentro (RJ), ao tempo, em péssimo estado (faltando vários componentes). ReferênciasAo final do artigo, Fábio Dardes citava 5 fontes, que servem de base inicial para a busca de mais informações sobre as locomotivas Alco FA1:
Locomotiva Alco FA1
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