Maquetes de ferreomodelismo
Evite problemas nos seus AMVs
Centro-Oeste DC-19 (5-Out-1991)
Revisado do Centro-Oeste nº 10 (Out-1985)
Uma precaução que evitará muita dor de cabeça ao modelista é testar a continuidade elétrica dos vários trechos de trilho (perfil metálico)
dos AMVs, antes de assentar a linha na mini-ferrovia.
Se uma loco percorre o AMV pela curva, ela passará pelos 4 trechos isolados A, B, C e D.
Se passa pela reta, ela percorrerá os trechos isolados E, F, G e H.
Ao sair da fábrica, o AMV deverá ter ligações cruzadas, por dentro (ou debaixo) do plástico, unindo A com B, C e D; bem como, ligando E com
F, G e H.
Nos antigos AMVs Frateschi (ref. 4165 / 4965), a alimentação elétrica dos trechos ficava totalmente oculta, por dentro do plástico. Nos atuais
AMVs longos, a alimentação pode ser vista debaixo dos dormentes, embora seja difícil, para a maioria dos modelistas, realizar algum reparo
em caso de falha.
Problemas ocorrem, principalmente, quando se reutiliza o AMV num segundo lay-out, num terceiro etc. O uso, a variação de temperatura, a tensão
causada pela fixação na maquete — muitos fatores podem vir a interromper a alimentação.
Com um teste elétrico, verifique se a corrente passa:
- de A para B, C e D
- de B para C e D
- de C para D
- de E para F, G e H
- de F para G e H
- de G para H
Se a continuidade falhar, em uma ou várias destas conexões, é conveniente alimentar o trecho problemático, soldando um fio à lateral externa
do trilho (para não embaraçar o friso das rodas).
Em tempo: — Jamais consegui soldar um fio a um trilho, sem derreter ou deformar os dormentes. [Veja
uma alternativa que não exige solda]
Nos AMVs antigos, se a falha era nas agulhas (trechos B e F), era possível abrir as presilhas, passar lixa, WD-40 etc., e tornar a instalar.
Calibrando bem, ficava até melhor do que antes. Fiz muito.
Nos AMVs atuais, ainda não localizei falhas. As agulhas (B e F) são fixadas de uma forma que ainda nem tentei "abrir para ver".
No meu nível de habilidade e experiência, o teste não se destina a consertar. É principalmente para não usar AMVs com defeito. Só posso deixá-los
de lado.
É bom que se diga que, no material do Gilberto (SMFB), já detectamos falhas também em AMVs estrangeiros. Não é privilégio verde-amarelo.
AMVs em seqüência
O problema também pode aparecer depois do AMV ter sido testado e instalado. Por via das dúvidas, nunca elimine as talas de ligação dos trechos
D e H.
Como se vê, qualquer falha em um dos AMVs poderá deixar sem alimentação vários trechos do AMV seguinte.
No diorama que estou construindo, todas as talas de conexão dos AMVs terão fios soldados por baixo, de forma
a garantir a alimentação — pelo menos — de todos os trechos A, D, E e H.
Com isso, os problemas possíveis (futuros) ficam restritos aos trechos B, C, F e G. Quanto menos trechos sujeitos a falha no futuro, melhor.
Também desaconselho qualquer esquema elétrico que implique em isolar (retirar as talas de) ambas as pontas do trecho A, ou do trecho E.
Particularmente, prefiro que cada AMV receba 6 fios de alimentação, através de todas as 6 talas de junção a que tem direito.
Isolando blocos
Quando tiver que isolar um bloco de linha próximo a um AMV, não retire a tala entre ambos. Pelo contrário, use-a com um fio soldado, para
reforçar a alimentação do AMV.
A melhor opção é serrar uma ponta de 20 mm, do trilho que vem logo após o AMV. Isso transfere o isolamento do bloco para 2 cm à frente, sem
diminuir o tamanho útil do bloco.
Para evitar que a ponta serrada do trilho venha a deslizar e encostar nele — eliminando o isolamento —, preencha
o corte com cola de silicone, ou Durepóxi, ou um pedaço de plástico colado no local com Super Bonder.
Contra-trilhos
Ao lançar o atual AMV (ref. 4200 / 4900), a Frateschi alardeou que os contra-trilhos de metal (trilhos C e G, dobrados) iriam melhorar o
contato elétrico, além de sofrerem menos desgaste do que os contra-trilhos de plástico, do antigo AMV.
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