Rosendo Vericat
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César Tonetti e José F. Pavelec têm toda razão de se entristecer com o que acontece na EF Madeira-Mamoré (CO-71/18). Mas o mato que cresceu na linha não tem tanta importância como os últimos acontecimentos ocorridos. O mato se limpa; os trilhos e dormentes continuam lá. Durante a campanha para governador, Piana Filho prometeu reativar a ferrovia. Teve apoio e ganhou a eleição. A primeira providência, por iniciativa de um deputado, foi converter a área do Girador de locomotivas — que o BEC tinha enterrado junto com muitas peças, inclusive braçagens de locomotivas — em um Sambódromo, em nome da cultura. E a Secretaria de Educação e Cultura afastou da administração da ferrovia Dionísio Shockness, juntamente com os que voluntariamente ajudávamos, parando assim os passeios ferroviários dominicais, que nada custavam ao governo, pois a EFMM se auto-financiava. Privou-se a população do lazer representado pelos passeios até Santo Antônio, ou até o quilômetro 25 (Teotônio). Então, começou a batalha legal para não deixar perder o que existia da antiga EFMM, tombada pelo Patrimônio Histórico-Cultural da União e do Estado. Nessa oportunidade, o governo federal transferiu todo o acervo para o Estado de Rondônia, junto com uma verba de US$ 3,5 mil, para que fosse reativada a ferrovia. Pois bem, o governo estadual desvirtuou a coisa e iniciou a construção de um "Centro Cultural" que iria descaracterizar totalmente o que ainda restava da ferrovia. A Dionísio Shockness, uniu-se o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), a Universidade de Rondônia (Unir), a Associação de Professores da Unir, e fundou-se a Associação de Amigos da EF Madeira-Mamoré, pela qual formo parte da comissão de fiscalização. Com a ajuda de juristas, conseguiu-se um mandado judicial de paralisação das obras do "Centro Cultural", sendo que a empreiteira continua apenas os trabalhos de recuperação do Girador de locomotivas (o Sambódromo não existe mais); e os prédios da primeira oficina. Queremos reconstituir os pátios de manobra; retornar a Estação à sua função normal; regularizar a situação dos prédios e bens da EF Madeira-Mamoré, que são muitos e importantes, tais como a Administração Central, no começo da Av. 7, hoje ocupado pela diretoria do Banco do Brasil; as áreas do Clube Ferroviário; as casas da Vila Militar, onde moravam os graduados da ferrovia, e muitas mais, cujo aluguel daria para ir mantendo e melhorando a EFMM. Atualmente, lutamos para recuperar pelo menos 90 km, ou seja, até Jacy-Paranã. Se lutamos, é porque esperamos resultados positivos, e o amigo Pavelec não duvide de que um dia poderá passear pela EF Madeira-Mamoré. Mas, quando voltar a Porto Velho, avise antes, para podermos mostrar-lhe detidamente a situação da ferrovia, o que será um grande prazer. A EF Madeira-Mamoré recusa-se a morrer e, enquanto houver uma possibilidade, estaremos na luta para não deixá-la desaparecer. Qualquer ajuda moral que recebermos será muito bem-vinda, haja visto o interesse do Luiz Octávio (ABPF-RJ) e outros, que nos fazem sentir que não estamos sós. Contatos
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