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As ferrovias bananeiras
do litoral sul paulista

Nilson Rodrigues
Fotos: Cid Beraldo e Nilson Rodrigues

O litoral sul paulista sempre teve grande destaque na produção e comercialização de bananas. Até há pouco tempo, o produto tinha grande aceitação no mercado externo, principalmente no Uruguai e Argentina.

Recentemente, o litoral sul paulista foi suplantado pela produção de outros países que, em virtude de clima mais favorável e, naturalmente, apurada tecnologia, conseguiram manter e ainda melhorar sua qualidade. Nos últimos anos, o destino da produção de bananas do litoral sul tem-se limitado ao consumo interno.

Para os aficcionados por ferrovias, principalmente aqueles que admiram ferrovias pequenas, sem muitas exigências quanto ao estado de conservação e ao charme que as grandes ferrovias proporcionam, esta região pode ser considerada um grande manancial de material de bitola estreita.

Muitas das fazendas produtoras de bananas utilizam — ou utilizaram —, em seu interior, pequenas ferrovias para a colheita e transporte interno do produto. Após devidamente selecionadas, as bananas são transportadas, na maioria dos casos, para a Ceasa-SP.

Localização

Grande parte das fazendas produtoras de banana localizam-se nos municípios de Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Itariri e, afastando-se do litoral, Pedro de Toledo, Juquiá etc.

Tivemos a oportunidade de ver um mapa do IBGE, datado de 1953, com a localização de todas essas fazendas, porém não guardamos cópia.

O interessante é que boa parte dessas fazendas opera ou operou seu sistema interno de transporte com ferrovias. Não visitamos todas, e não sabemos quantas ainda operam com ferrovias. As que visitamos foram as seguintes:

  • Fazenda Áurea, Itanhaém (*)
  • Fazenda Araraú, Itanhaém
  • Fazenda Jatobatuba, Peruíbe
  • Fazenda São Francisco, Itariri

(*) - Durante nossa visita à Fazenda Áurea, alguns anos atrás, estava sendo desativada sua mini-ferrovia. Acreditamos que o sistema já tenha sido erradicado.

É importante notar que quase todas as fazendas da faixa litorânea estão encravadas nas encostas da serra do Mar e não são vistas pelos que se dirigem às praias. É necessário tomar longas estradas de terra, a partir da rodovia Manoel da Nóbrega (SP-55), para se chegar a elas.

Composição básica

Quase todas as fazendas utilizam (ou utilizavam) o sistema chamado "decauville", com bitola de 60 cm, trilhos leves (12 kg/m) e pequenas locomotivas diesel-mecânicas com transmissão por corrente — como a de uma bicicleta —, potência na faixa de 20 a 30 HP e peso médio de 4 a 5 toneladas.

O motor diesel das locomotivas é, geralmente, de 2 cilindros, acoplado a um volante de inércia. O acionamento, como foi dito, é mecânico, por correntes. A transmissão é feita por fricção e câmbio de 2 marchas, frente e ré.

É interessante notar que a posição do maquinista nestas locomotivas, normalmente, é transversal, como se pode comprovar pelas fotos.

Para o transporte de bananas, são utilizados vagões prancha fabricados artesanalmente nas próprias fazendas. Os prancha podem ser de 2 ou 4 eixos. O sistema de engate é também primitivo, por corrente e até por cabos de aço.

As instalações são sempre muito primitivas e poucos são os cuidados de manutenção, feita sempre de forma muito artesanal, como se pode observar nas fotos.

Principais fabricantes

Concentremo-nos nas locomotivas, pois o resto do material rodante se compõe de peças, quase sempre, feitas nas próprias fazendas.

A maioria das locomotivas são de origem inglesa:

  • Planet
  • Ruston
  • Simplex
  • Dorman Long

Encontramos, também, 2 interessantes exemplares de fabricação alemã:

  • Orenstein & Koppel
  • Henschel & Sohn

Atualmente, a fábrica inglesa Allen Keef Ltd. absorveu algumas marcas. Eis seu folheto de propaganda, com dimensões das locomotivas produzidas hoje, para dar uma idéia do material.

Vale salientar que, devido à dificuldade de encontrar peças sobressalentes, muitas vezes as fazendas recorrem às suas próprias oficinas para manutenção das locomotivas, fazendo ali todo tipo de conserto, para manter o material em funcionamento.

Com isso, algumas locomotivas acabam desfiguradas. O conserto mais comum é a troca do motor.

Como se pode imaginar, o leito dessas pequenas ferrovias não é nenhum primor. Em geral, só se consegue enxergar a face superior dos trilhos, pois o restante está enterrado ou — muitas vezes — submerso.

As chaves de desvio, na maioria, sequer possuem travessa entre as agulhas.

Apesar de tudo, essas pequenas ferrovias são muito atraentes, pois são singulares e exóticas. A paisagem é muito bonita, porque essas fazendas se localizam sempre em vales próximos à serra do Mar, com muito verde, riachos etc.

A mini-ferrovia da Fepasa

Ferrovia, também, bastante singular é a utilizada pela Fepasa entre Mongaguá e uma grande área que lhe pertence junto às encostas da serra do Mar.

Segundo consta, a Fepasa utilizava um casarão existente nessa grande gleba de terras para sede administrativa e, ainda, como local de férias para seus funcionários.

A pequena ferrovia era o meio de comunicação entre o casarão e Mongaguá.

Acredita-se que, em outras épocas, esta ferrovia partia da estação de Mongaguá, da EF Sorocabana. Hoje, seu início fica a cerca de 3 km da estação, em direção a Itanhaém, no bairro conhecido como Vila Atlântica. Não há nada que indique onde fica o início da ferrovia e a única alternativa é perguntar aos moradores do local.

Esta ferrovia, apesar de pertencer à Fepasa, até há bem pouco tempo era utilizada por diversos moradores das imediações, pois no início dela pode-se ver diversas garagens ao lado dos trilhos.

A bitola também é de 60 cm e o sistema decauville. Os meios de locomoção são bastante variados, desde "troleys" motorizados até simples pranchas com propulsão "a vara" — isto é, uma pessoa vai em pé, numa prancha sobre rodas, e a empurra apoiando uma vara sobre o solo, como se usa em certas embarcações lacustres e fluviais.

O troley utilizado pela Fepasa é bem mais primitivo que as locomotivas das fazendas bananeiras. Trata-se de um veículo primitivo, com um pequeno motor de 2 tempos, a gasolina, acoplado por corrente.

É interessante notar que, devido às enchentes na época chuvosa, os troleys foram construídos com motores bem elevados, pois a água chega a subir até 50 cm acima dos trilhos!

Vimos, também, um troley um pouco mais sofisticado que o da Fepasa — com câmbio Volkswagen adaptado ao motor — o que, sem dúvida, proporcionava muita facilidade ao condutor.

Como esta ferrovia também é utilizada para o transporte de bananas, muitas vezes são acoplados aos troleys pequenos vagões prancha de 2 eixos.

Esta ferrovia é bastante extensa, com cerca de 13 km. A ponte sobre o rio Preto é a mais longa e, também, bastante precária, como se pode ver na Foto 8.

Infelizmente, os que conseguiram conhecer esta interessante ferrovia são privilegiados. Recentemente, por problemas de segurança — presença de "grileiros" — a Fepasa proibiu o transporte de pessoas que não sejam ligadas à sua operação.

Vale a pena, no entanto, conhecer as demais ferrovias citadas acima, bem como "descobrir" outras ainda existentes na região — pois temos informações de que realmente existem outras, ainda não visitadas.

Ferrovias “bananeiras” do litoral sul paulista
Fotos: - 1 - Galpão de selecionamento na Fazenda Jatobatuba | 2 - Frota da Fazenda Araraú | 3 - Composição típica: 1 Simplex com 2 a 3 pranchas | 4 - Galpão de selecionamento da Fazenda São Francisco | 5 - Ferrovia atravessando o bananal, na Fazenda Jatobatuba | 6 - Locomotiva Planet desativada, na Fazenda Jatobatuba | 7 - Troley motorizado da mini-ferrovia da Fepasa em Mongaguá | 8 - Ponte sobre o rio Preto, em Mongaguá | 9 - Henschel na Fazenda São Francisco | 10 - Orenstein & Koppel na Fazenda Araraú | 11 - Simplex na Fazenda Jatobatuba | 12 - Túnel sob a rodovia da Banana, na Fazenda São Francisco | 13 - Ponte na Fazenda São Francisco | 14 - Ruston na Fazenda Áurea | Novas fotos:- Sede da Fazenda Araraú | Sede da Fazenda Caepupu | Henschel na Fazenda Caepupu | Planet abandonada na Fazenda Caepupu | Orenstein & Koppel na Fazenda Laranjeiras
Nos trilhos da Fazenda dos Ingleses
   
  

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