Revista Refesa, Nov.-Dez. 1971A Rede Ferroviária Federal adquiriu na Hungria 12 unidades de quatro carros, que deverão chegar ao Brasil no final de 1972. Dessas 12 unidades, seis são de bitola de 1 metro e seis de bitola de 1 m 60. Cada unidade possuirá, além de carros-motores em cada extremidade, com depósito para bagagem, poltronas para 16 passageiros e lavatórios para homens e mulheres, dois outros carros, o "B" e o "C". O carro "B" possuirá um salão-buffet, além de poltronas para 36 passageiros, lavatórios, ar condicionado e bagageiro; o carro "C" será totalmente utilizado pelos passageiros. Versáteis O que caracterizará os carros húngaros será a versatilidade, pois poderão ser usados de acordo com a conveniência do serviço ou a necessidade de maior e menor transporte de passageiros, dependendo do trecho em que serão postos. Assim sendo, as unidades poderão trafegar com dois, três, quatro ou mais carros em acoplamento ou apenas com o carro-motor, uma vez que ele terá lugar para 16 passageiros e poderá ser usado em função executiva ou em pequenas comitivas. Outros dados Todos os carros estão sendo construídos em aço de alta resistência, com janelas panorâmicas em vidro especial e pára-sol; poltronas duplas, reclináveis, em formato anatômico, acolchoadas com espuma de borracha, revestidas em plástico, imigando couro, giratórias, com braços independentes em ambos os lados, dispostas em fileira de cada lado do corredor central. Em síntese, com todo o conforto das poltronas dos aviões comerciais. Além do conforto das poltronas de alto luxo, em cada unidade de quatro carros haverá um salão-buffet, fogão a gás, máquina para café e estufa. Haverá ar condicionado em todos os carros, inclusive nos carros-motores, pois metade deste será utilizada por passageiros.
Cada unidade de 4 carros terá capacidade para transportar confortavelmente 120 passageiros na bitola de 1 metro e 216 passageiros na bitola de 1 m 60. A locomoção dos passageiros será total, porque todos os carros terão intercomunicação, permitindo ampla mobilização aos passageiros em toda a unidade.
A velocidade prevista é de 100 quilômetros por hora, tanto na bitola de 1 metro como na bitola de 1 m 60. Graças à estabilidade dos veículos e à modernização da via permanente, esses carros húngaros poderão fazer o percurso Rio - São Paulo em apenas 5 horas. Turismo Segundo altos funcionários da RFFSA, as primeiras unidades de carros húngaros estarão rodando dentro de um ano e serão postas em tráfego em trechos de maior atração turística, como a Rio - São Paulo, Rio - Belo Horizonte, na bitola larga, e no Sul, na bitola estreita, dentro da nova política da empresa em relação ao incremento do turismo em todas as ferrovias a ela ligadas, mormente nas regiões que possam oferecer maior atração para turistas. Custo Os carros estão sendo construídos na Hungria, de acordo com exigências de técnicos da própria RFFSA e custarão cerca de 50 milhões de cruzeiros (US$ Hung. 8.162.880,00), incluindo as peças sobressalentes. Trem Húngaro
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