Centro-Oeste nº 17 Jul.-Ago. 1986Este resumo histórico baseou-se principalmente nas publicações do Preserfe, Poucas ferrovias brasileiras apresentam um potencial tão grande de linhas, microrregiões e épocas para reprodução em escala — e ao mesmo tempo tão pouco lembradas pelos modelistas — como o aglomerado de ferrovias que em algum momento fizeram parte da Estrada de Ferro Leopoldina. A companhia acompanhou o desenvolvimento e a decadência de uma vasta região abrangendo três Estados — Zona da Mata mineira, Espírito Santo e Rio de Janeiro, para não falar da ex-Guanabara, ex-DF. Nasceu em 1872, No ano seguinte, a CEFL inaugurava as três primeiras estações em São José, Pântano e Volta Grande, mas só em 1877 completou 120 km de linha, chegando a Leopoldina e a Cataguases. Por Decreto Federal de 1889, a Cia. EF Leopoldina teve incorporadas ao seu patrimônio:
A Em 1907, a Leopoldina adquiriu a EF Sul do Espírito Santo e a EF Caravelas, do sul da Bahia a Araçuaí (MG). Em 1926, por pressão do governo, finalmente inaugurou a estação definitiva da empresa no Rio de Janeiro, o edifício Barão de Mauá. Em 1950 a companhia foi encampada por Lei, passando ao Ministério da Viação e Obras Públicas com o nome de Estrada de Ferro Leopoldina, e em 1957 integrou a RFFSA, em criação. A decadência da região da Leopoldina começou com o início do ciclo do café em São Paulo e acentuou-se após a Abolição. O desenvolvimento da cana-de-açúcar em São Paulo acelerou também a decadência econômica do Norte Fluminense e de Campos. Leite, sal (região dos lagos), banha, charque, banana compunham algumas das mercadorias incríveis transportadas à época. Além das oficinas de Porto Novo do Cunha, ampliadas em 1880, a Leopoldina tinha em 1952 seis oficinas em Alto da Serra, Imbetiba, Cachoeiras do Macacu, Bicas, Niterói e Barão de Mauá (Rio), além de 21 depósitos de locomotivas, o mais importante em Campos (RJ). O relatório desse ano indica que foram reparados 3.353 vagões, 441 carros e várias locomotivas. Entre as linhas da EFL, estava a mais antiga do Brasil, de Guia de Pacobaíba, ao fundo da baía da Guanabara, até a raiz da serra de Petrópolis — a EF Mauá de 1854. Quase 2.000 km de linhas foram desativadas. Nos restantes 1.469 km a Divisão Operacional de Campos (CSP-3) transporta derivados de petróleo (Duque de Caxias a Macaé e Campos), produtos siderúrgicos (Vitória a Volta Redonda; Minas ao Rio), cimento (Minas-Rio), açúcar e álcool (Campos ao Rio), calcário (Cachoeiro a Vitória) e equipamentos para exploração de petróleo na plataforma marítima de Campos. Estrada de Ferro Leopoldina
|
Acompanhe no FB |
|
|
Ferrovias | Mapas | Estações | Locomotivas | Diesel | Vapor | Elétricas | Carros | Vagões | Trilhos Urbanos | Turismo | Ferreomodelismo | Maquetes ferroviárias | História do hobby | Iniciantes | Ferreosfera | Livros | Documentação | Links | Atualizações | Byteria | Mboabas | Brasília | Home |