Estas modificações alteraram completamente a aparência das locomotivas,
principalmente pela colocação dos reservatórios de ar comprimido
na frente, sobre os pára-choques.
Em outubro de 1954, ao final do governo Garcez, inaugurou-se festivamente
o primeiro trecho de bitola mista, com estas 3 locomotivas, tendo
sido criado um trem noturno de passageiros, especial, fazendo o
percurso São Paulo — Taquaritinga. Todas as demais composições de
passageiros e de carga permaneceram na bitola métrica, por não haver
a mínima condição de se transferir as baldeações de Araraquara —
que possuía as instalações adequadas — para Taquaritinga.
No início de 1955, as obras de troca dos dormentes entre Taquaritinga
e São José do Rio Preto foram aceleradas e — também por não terem
sido adquiridas, ainda, as locomotivas diesel — , a EFA optou por
adquirir mais locomotivas a vapor de segunda mão. Assim, chegaram
naquele ano as 2 últimas Pacific da EFSJ (n° 141 e 142) e mais 19
locomotivas da EF Central do Brasil, adquiridas por Cr$ 3,2 milhões,
em dinheiro da época.
2 – Locomotivas para carga
e manobra
|
Origem
|
N°
|
Tipo
|
Fabricante
|
N° Fabr.
|
Ano
|
Ex-EFCB
|
693
|
2-8-0
|
Baldwin
|
33.172
|
1909
|
Ex-EFCB
|
800
|
2-8-2
|
Henschel
|
20.420
|
1925
|
Ex-EFCB
|
803
|
2-8-2
|
Schwarzkopff
|
8.562
|
1925
|
Ex-EFCB
|
823
|
2-8-2
|
Schwarzkopff
|
9.271
|
1928
|
Ex-EFCB
|
824
|
2-8-2
|
Schwarzkopff
|
9.272
|
1928
|
Ex-EFCB
|
825
|
2-8-2
|
Schwarzkopff
|
9.273
|
1928
|
Ex-EFCB
|
826
|
2-8-2
|
Schwarzkopff
|
9.274
|
1928
|
Ex-EFCB
|
827
|
2-8-2
|
Schwarzkopff
|
9.275
|
1928
|
Ex-EFCB
|
828
|
2-8-2
|
Schwarzkopff
|
9.276
|
1928
|
1 - A locomotiva n° 346 jamais chegou a trafegar na EFA,
por ter sido recebida com os cilindros rachados e com defeitos
nos longeirões. Foi canibalizada para aproveitamento das rodas
e braçagens.
2 - Em 1956 e 1957, trabalharam na EFA, alugadas, as locomotivas
n° 161, da Paulista, e as diesel n°s 500, 503 e 510 da EFSJ,
estas destinadas ao treinamento dos maquinistas.
|
Para tanto, a EFA alugou várias turmas de trabalhadores da Cia.
Paulista que, juntamente com as suas, se encarregaram da tarefa.
O tráfego foi suspenso por 4 dias, tendo sido o material rodante
da bitola de 1,00 m totalmente transferido para as estações além
de São José do Rio Preto, com exceção de algumas locomotivas pequenas
e vagões, que ficaram no pequeno ramal de Silvânia a Tabatinga,
hoje extinto.
Assim, dia e noite foram os trabalhadores levando um dos trilhos
à sua nova posição nos dormentes, em várias frentes de trabalho,
terminando a gigantesca obra no dia 12 de setembro de 1955. No dia
seguinte, o trem noturno procedente de São Paulo, puxado pela locomotiva
n° 144, inaugurou a nova linha, com festividades em quase todas
as estações.
Alguns dias depois, fez-se a inauguração oficial da nova linha,
com um trem do tipo Santa Cruz da EF Central do Brasil, que viajou
diretamente do Rio de Janeiro a S. José do Rio Preto, conduzindo,
entre outras autoridades, o então ministro da Viação, Marcondes
Ferraz. O trem foi tracionado, na EFA, por uma diesel RSC-3 da Paulista,
sendo esta a primeira vez que uma locomotiva deste tipo por lá trafegou.
|
|
1 – Locomotivas para trens
de passageiros
|
Origem
|
N°
|
Tipo
|
Fabricante
|
N° Fabr.
|
Ano
|
Ex-EFSJ
|
140
|
4-6-2
|
North British
|
19.499
|
1911
|
Ex-EFSJ
|
141
|
4-6-2
|
North British
|
19.500
|
1911
|
Ex-EFSJ
|
142
|
4-6-2
|
North British
|
19.501
|
1911
|
Ex-EFSJ
|
143
|
4-6-2
|
North British
|
19.502
|
1911
|
Ex-EFSJ
|
144
|
4-6-2
|
North British
|
19.503
|
1911
|
Ex-EFCB
|
346
|
4-6-2
|
Baldwin
|
37.840
|
1912
|
Ex-EFCB
|
347
|
4-6-2
|
Baldwin
|
37.841
|
1912
|
Ex-EFCB
|
348
|
4-6-2
|
Baldwin
|
34.934
|
1910
|
Ex-EFCB
|
349
|
4-6-2
|
Baldwin
|
34.935
|
1910
|
Ex-EFCB
|
388
|
4-6-2
|
Alco-Brooks
|
51.532
|
1912
|
Ex-EFCB
|
389
|
4-6-2
|
Alco-Brooks
|
51.533
|
1912
|
Ex-EFCB
|
390
|
4-6-2
|
Alco-Brooks
|
51.534
|
1912
|
Ex-EFCB
|
391
|
4-6-2
|
Alco-Brooks
|
51.535
|
1912
|
Ex-EFCB
|
392
|
4-6-2
|
Baldwin
|
37.838
|
1912
|
Ex-EFCB
|
393
|
4-6-2
|
Baldwin
|
37.839
|
1912
|
Assim, ficou completo o roster de máquinas a vapor, sendo interessante
destacar que a EFA não alterou a numeração original das locomotivas,
que não interferia com a numeração de suas próprias máquinas, de
bitola métrica. A ferrovia limitou-se, além das extensivas reformas,
a apagar dos tenders o nome "Central" e eliminar as placas de identificação
da EFSJ das cabines das locomotivas que vieram desta estrada. Também
não foram colocadas as placas ovais com o logotipo EFA nas máquinas
da Central, permanecendo estas, até o fim, sem qualquer identificação
da ferrovia, a não ser os números em alto relevo, que a Central
usava nas cabines.
O roster final ficou conforme os quadros 1 e 2.
Em setembro de 1955, já completadas as reformas das locomotivas
e de vários carros de passageiros e vagões de carga, e tendo sido
trocados os dormentes entre Taquaritinga e São José do Rio Preto,
foi feito o alargamento da bitola de uma só vez, entre estas cidades,
a uma distância de aproximadamente 100 km.
3 – Locomotivas diesel
(bitola 1,600 m)
|
Tipo
|
N°
|
Fabric.
|
Entr.
Serviço
|
Class.
|
Fabr.
|
GP9L
série
7.000
|
1001
|
11/11/57
|
11/02/58
|
B-B
|
GM-EMD
|
1002
|
18/11/57
|
12/02/58
|
B-B
|
GM-EMD
|
1003
|
18/11/57
|
07/02/58
|
B-B
|
GM-EMD
|
1004
|
14/11/57
|
08/02/58
|
B-B
|
GM-EMD
|
1005
|
21/11/57
|
05/02/58
|
B-B
|
GM-EMD
|
GP18
série
7.000
|
1006
|
26/03/60
|
20/05/60
|
B-B
|
GM-EMD
|
1007
|
26/03/60
|
17/05/60
|
B-B
|
GM-EMD
|
1008
|
26/03/60
|
21/05/60
|
B-B
|
GM-EMD
|
1009
|
28/03/60
|
31/05/60
|
B-B
|
GM-EMD
|
1010
|
28/03/60
|
16/05/60
|
B-B
|
GM-EMD
|
1011
|
05/04/60
|
02/06/60
|
B-B
|
GM-EMD
|
1012
|
05/04/60
|
31/05/60
|
B-B
|
GM-EMD
|
1013
|
05/04/60
|
01/05/60
|
B-B
|
GM-EMD
|
1014
|
07/04/60
|
23/06/60
|
B-B
|
GM-EMD
|
1015
|
07/04/60
|
22/06/60
|
B-B
|
GM-EMD
|
1016
|
07/04/60
|
22/06/60
|
B-B
|
GM-EMD
|
1017
|
26/05/60
|
03/08/60
|
B-B
|
GM-EMD
|
|