César Assan
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No mês de julho, fiz "programa de desquitado": viajei de férias com meus filhos, estive em Campos do Jordão e passeei na EFCJ. Ao contrário dos passeios registrados pelo Märcos Ahorn (DC-2/11 e DC-3/14) e pelo Kelso Médici (DC-5/3), o que fiz desce a serra, de Campos em direção a Santo Antônio do Pinhal.
Este passeio turístico em automotriz é oferecido pela EFCJ em 2 horários diários e, nas férias, em 4 horários. Parte da estação de Capivari, passa por Jaguaribe e Abernésia e entra na área rural. Ao transpor o alto do Lageado, inicia-se a descida até Santo Antônio, onde a automotriz é virada para a viagem de retorno.
Apesar do tempo nublado, fiz excelentes fotos: a antiga estação Emílio Ribas, que agora abriga a Secretaria Municipal de Turismo (estilo europeu), o girador (inglês) com a automotriz, casas dos funcionários (estilo europeu), vagões desativados servindo de alojamento e depósito, os bondes de subúrbio, a automotriz de manutenção com a pintura "estalando", o trole manual, a nova estação de Capivari, uma turma de "conserva" trocando os dormentes de um AMV.
Em Santo Antônio, há a estação e casas de funcionários (no mesmo estilo), outro girador, a subestação de força, além de um belo panorama do vale do Paraíba, com Taubaté ao fundo. Na própria estação, existe uma lanchonete bem montada, com salgados, sanduíches, refrigerantes, café etc. Ali também se vendem doces caseiros, artesanato e roupas de lã.
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O passeio é agradável, a paisagem e a mata são muito bonitas e, para os ferreofilistas, é imperdível, por suas características únicas. As crianças adoram a viagem de trem e, após a primeira meia hora, se entrosam entre si de tal forma que a volta parece uma excursão.
O surpreendente, como notaram o Marcos e o Kelso, é que, apesar de ser um serviço público, o pessoal é atencioso e o material e as instalações estão em condições bem razoáveis. Existe também um entrosamento (tímido) com os empresários locais: são distribuídos tickets que dão direito a um copinho de chocolate quente na estação de Santo Antônio, sob patrocínio de um fabricante local de chocolates.
O que de fato está mal é a linha: No trecho de declividade 11%, o boleto do trilho está plano, de tão gasto pelo atrito, existem muitos dormente deteriorados e o lastro (de pedras grandes) bem merece um reforço, que auxiliaria bastante o nivelamento — apesar dos 20 km/h, a automotriz sacoleja bastante.
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