Centro-Oeste nº 26 - 25 Jun. 1989Tenho visto várias maquetes em que é comum um trem passar por cima do outro (ponte ou pontilhão). Ora, já viajei pela linha inteira da ex-Sorocabana, ex-Mogiana, ex-Paulista etc. e nunca vi um trem passar por cima do outro. (Matheus Lucchino Jr.) A Ferrovia do Aço corta meia dúzia de trechos da RFFSA. Se o governo não erradicar todas estas linhas, no sul de Minas, então teremos trem sobre trem. Outros exemplos estão em Pátios & Fotos, nesta edição. Situação parecida são as ferrovias onde a linha aparece duas ou três vezes numa mesma foto, em primeiro, segundo e terceiro plano, na encosta de uma serra. O caso mais típico e próximo a nós e o da Serra do mar. Muitas pessoas acham isso irreal, numa maquete. O segundo aspecto a considerar é a "economia" própria da construção de maquetes, que têm de ser compactas, e não uma faixa comprida, como na real. Se a linha der mais de uma volta em uma maquete circular, ambas as coisas acabarão acontecendo: linhas em dois planos e linha sobre linha (a menos que se opte pelo cruzamento em nível). A única forma de escapar a isso é fazer a maquete ao longo das paredes, como sugerimos no CO-16, exemplificado logo depois no IF-39. Por fim, vale observar que é diferente você ter um avião fora de escala, ao lado do trem (caso extremo), ou ter um trem sobre outro. No primeiro caso, o irrealismo não se justifica. No outro, mesmo que seja uma situação pouco comum, existe um motivo prático. Deve haver uma escala de valores no julgamento do realismo, de modo que nosso hobby não se torne algo impossível, difícil ou insatisfatório. VFRGSFlagrante de um trem passando sobre outro, durante a realização de uma obra de arte na linha de Santa Maria a Marcelino Ramos, próximo à estação Júlio de Castilhos, Viação Férrea Rio Grande do Sul (VFRGS), 1925. A linha integrava a EF São Paulo ao Rio Grande (CO-18) e foi encampada pelo estado em 1920. A construção provisória em madeira tem a vantagem de exigir pouca altura e pequena extensão, numa maquete, permitindo o cruzamento em qualquer ângulo.
LeopoldinaN.R.: – Agradecemos as xerox da reportagem, que não tínhamos. Trata-se da baldeação de minério de ferro, pelotizado em Vitória, ES, e transportado pela ex-Leopoldina (bitola métrica) para Volta Redonda, RJ. O trasbordo do minério para os vagões de bitola larga da ex-Central do Brasil ocorre da seguinte forma: O trem da bitola métrica passa sobre o trem da bitola larga. O viaduto tem um "funil", que recebe o minério descarregado pelo fundo dos vagões provenientes de Vitória, despejando-o dentro dos vagões que seguirão para Volta Redonda. Por incrível que pareça, a reportagem da "Refesa" canta e mostra a maravilha, mas não diz o local... |
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