"Ferrovias do Brasil 1970" - DNEF
apresentação: Flavio R. Cavalcanti
A publicação "Ferrovias do Brasil 1970", do DNEF, é um esquema "visual" do sistema ferroviário brasileiro naquele momento.
Poucas palavras. Quase um "organograma", bem ao gosto dos tecnocratas, cujo reinado parecia chegar ao ápice.
E, de fato, já em 1971 a Cia. Paulista de Estradas de Ferro (CPEF) seria transformada na Fepasa, com a incorporação das demais ferrovias estaduais (exceto EFCJ), reproduzindo sob o governo paulista uma estrutura similar à da RFFSA, embora sem subdivisões.
Esquemas das ferrovias e Divisões dos Sistemas Regionais
Entre as "Diversas administrações", nos anos seguintes, a erradicação da EFMM e da EF Tocantins reduziria o conjunto quase que só a "ferrovias industriais", com limitada utilidade pública tendência, aliás, não muito diferente do que ocorria com a antiga EFCB, cada vez mais voltada para a exportação de minério; e, em maior ou menor grau, com todas as demais ferrovias: redução gradual ou eliminação completa das pequenas cargas, encomendas e passageiros de longa distância; concentração no transporte de granéis em grande volume (grãos, combustíveis, fertilizantes, cimento); ou erradicação pura e simples onde não existisse essa perspectiva.
A isto conduziam os parâmetros de estrita "racionalidade empresarial", em discussão desde a década de 1950 (na verdade, desde sempre); e após 1964 (e 1969) cada vez mais livres da mediação política das demandas da sociedade exceto na forma de lobbies de alguns grupos econômicos de grande porte.
Com a reabertura controlada "gradual, segura e lenta" , outra vez dependendo das bancadas estaduais no Congresso, a hierarquização cederia ao restabelecimento de unidades independentes entre si, subordinadas apenas à presidência da RFFSA, por sua vez cada vez mais "sensível" às demandas das bancadas estaduais: 10 unidades em 1984, e 12 em 1991.