Flávio R. Cavalcanti – Centro-Oeste n° 71 – 1°-Out-19921967Início do "Milagre Brasileiro" — com elevado crescimento econômico —, que se estenderá até o choque do petróleo (1973). Nos anos iniciais, ainda há facilidade de importação. O aeromodelista Walter Nutini lança em São Paulo, SP, a revista Sport Modelismo (SM). Com 48 páginas e formato pequeno (16 x 23 cm), em preto, branco e vermelho, a revista nunca chegou a ser vendida nas bancas. Era comercializada principalmente nas lojas de hobbies. A Frateschi, por exemplo, era um dos 2 revendedores em Ribeirão Preto, ainda na R. Mal. Deodoro. A sustentação era dada pelos anunciantes, que vendiam maciçamente produtos estrangeiros. Ao final de 1968, a importação será restringida, os anúncios cairão de 16 para 13 páginas. Em 1969, a revista já não cita o mês (só o ano), e fala em dificuldades. Parece ter terminado no n° 23. O ferreomodelismo ocupava uma média de 8 páginas. Anúncio da Hobbylândia (Rio) na SM-5 mostra duas versões do trem elétrico Atma: (1) Cargueiro de vagões curtos, com manobreira diesel; e (2) Passageiros, carros curtos, com manobreira a vapor e Controlador. Adiante, anúncio da própria Atma mostra a F-7 junto com carros e vagões longos. O anúncio dizia: "Faz 10 anos que a Atma fabrica trens elétricos e ainda muita gente pensa que são importados". Não era para menos. Mas a pintura era nacionalizada: RFFSA (Santos-Jundiaí) e CP. Anúncio de Alfredo Lupatelli ainda chamava para a R. Capitão Salomão, 83, 1° andar. A Minitec já existia, e também trabalhava com autorama. No Rio de Janeiro, a Associação Brasileira de Modelismo Ferroviário (ABMF) reunia-se e tinha maquete à R. Rego Lopes, 30-C, casa 28, residência do falecido Nagib Tanuri. Tal como a paulistana SBF, seu nome ambicionava cobrir todo o País. A ABMF não tem relação com a Associação Fluminense de Modelismo Ferroviário (AFMF), atual Clube do Trem. 1967/SetA Frateschi lança seu primeiro kit plástico decorativo para montar: a ponte "metálica" de 165 mm (ref. 1501) — Sport Modelismo n° 7, de 67/Nov. Convocada reunião "na sede da SBF" — o restaurante da estação da Luz —, para eleger nova diretoria. A Atma apresenta na Sport Modelismo n° 5 (67/Set) sua próxima linha de produtos, o autorama "Atma Pista". Isso quebrará a suposta aliança com a Estrela, que havia ficado apenas com o autorama — 1:24, 1:32, e também HO, inclusive em conexão com o trem, através de passagem de nível, sinais etc. 1967/DezA Frateschi lança seu segundo kit plástico para montar: a plataforma de passageiros (ref. 1502), na SM-9, de 68/Jan. 1968A SM começa a citar os autores das matérias e seções, iniciando por Sérgio Martyre, Nelson F. de Lima e o finado Joaquim Wokal (Jô), proprietário da Hobby Centro, SP/SP. Paulo Marques (da Paulo Marques Hobbies) e Cláudio Larangeira continuam sendo citados no expediente. 1968/JunWalter Nutini anuncia que o Modelódromo do Ibirapuera "já é uma realidade". As plantas já foram aprovadas, as verbas liberadas, e as obras já começaram. No editorial "Bate-Papo", Walter Nutini observa que as lojas e fabricantes não respondiam às cartas dos modelistas de outras cidades e Estados, perguntando preços e outras informações. A Frateschi lança 2 novos kits, de uma só vez: (1) O portal de túnel; e (2) O depósito de locomotiva — ambos com altura suficiente para rede aérea. Até aqui, todos os kits Frateschi são concebidos em módulos. Pode-se unir várias pontes, várias plataformas ou vários depósitos. Conforme os módulos usados, o túnel será largo ou estreito. As peças que sobram do portal, fornecem uma "boca-de-lobo". A notícia saiu na SM de 68/Jun, bem antes. 1969Reunida na casa de Alfredo Lupatelli, a SBF elege nova diretoria. A posse foi no Clube dos Engenheiros da EFSJ. Anúncio da Atma fala em "estações, pontes, sinaleiros, rampas... túneis". Fotos mostram uma estação bem diferente da que conhecemos ultimamente (anos 80), além de uma ponte metálica treliçada (simples) e um sinaleiro de dois postes (tipo ponte de sinalização). Celso Frateschi assegura que a Atma nunca fabricou tais kits; só os 4 tradicionais. De fato, o anúncio da Atma é evasivo, não afirmando coisa alguma. Imagino se poderiam ser itens HO da Estrela. Segundo Paulo Roberto B. Silva, a Atma chegou a produzir grades com trilhos nickel-silver, nos anos 60, e mais tarde voltou a oferecer apenas trilhos de latão (DC-6/4). Segundo o Celso, trata-se de trilhos apenas niquelados (camada externa), e não nickel-silver. 1969/NovA Frateschi lança seu primeiro vagão — o gaiola para gado, ref. 2001 —, segundo breve retrospectiva publicada mais tarde, no IF-10. Já não existia a Sport Modelismo. Para uma história do ferreomodelismo no Brasil
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