Flávio R. Cavalcanti – Centro-Oeste n° 70 – 1°-Set-19921945Termina a II Guerra Mundial. O Brasil tem grande saldo comercial acumulado (reservas em dólar) e o governo inaugura uma política de gastos com importações, freqüentemente supérfluas, para consumir as reservas. No início dos anos 50, o País terá acumulado "um grande número de colecionadores" de ferreomodelos importados. 195?A Metalma lança um trem metálico, movido a corda. Ignoro quase tudo a respeito. O José F. Pavalec (Ponta Grossa, PR) ainda guarda um exemplar. Em algum momento, antes de lançar o trem com a famosa loco CA (corrente alternada), tipo elétrica B+B bi-frontal, a Atma lançou um trem com uma loco menor, de 2 eixos fixos — também tipo elétrica (2 pantógrafos) e bi-frontal. Sérgio Cellario, da Minitec, ainda guarda um exemplar dessa loco pré-histórica (Esboço Abaixo). 1955Começa o governo Juscelino Kubitschek, que irá atrair para o Brasil as indústrias automobilísticas, construir rodovias, hidrelétricas, Brasília etc. A economia se acelera, surgem milhares de empresas nacionais, em vários Estados. 1956A Estrela lança um trem elétrico com modelos em lata estampada e litografada. A locomotiva recebe energia através dos trilhos. A fonte era uma caixa para 3 pilhas (data não-confirmada). 1958A Atma lança o trem elétrico em CA (corrente alternada), com 3 trilhos. O corpo da locomotiva (Fig. pág. anterior) é fundido em zamac, enquanto os carros e vagões são feitos em lata. As versões confirmadas são: (A) Expresso de passageiros, com carros longos de 2 truques, inscrições CP; e (B) Cargueiro de vagões curtos, com topes, tipo europeu, embora ainda com 2 truques, e inscrições RFFSA / Santos–Jundiaí e Soma. Obs.: O ano de 1958 é geralmente aceito como o início do trem CA da Atma. Em setembro de 1957, a Atma publicará anúncio na Sport Modelismo n° 5, afirmando que "faz trens elétricos há 10 anos". Dois anos depois, em 1969 (SM-21), o anúncio continua dizendo que a Atma faz trens elétricos "há 10 anos". Ano de fundação da Frateschi, com a razão social "Fábrica de Brinquedos Frateschi". Só a partir de 1965 passou a fabricar material para o modelismo ferroviário. Mas, até 1967, não fez disso um projeto. 1960/SetÉ criada em São Paulo, SP, a Sociedade Brasileira de Ferreomodelismo (SBF). Entre os sócios fundadores, estão Alfredo Lupatelli e Sérgio Cellario (Minitec). Este último, tinha um restaurante à R. das Palmeiras, onde realizavam-se as reuniões da SBF. 1961A Atma ainda fabricava trens elétricos em CA, com pintura da Paulista, conforme o catálogo da Casa Hermes, fac-símile fornecido por Moacir Costa (DC-16/3). Ele anotou, na época, um salário mínimo de "pouco mais de Cr$ 20 mil". O salário de Cr$ 21 mil vigorou, realmente, de abril a dezembro de 1962. Também de 1961, é nossa cópia do Manual Atma da fase CA, remetida por Carlos Alberto Pereira, de Paraíba do Sul, RJ. Nesse Manual CA, já aparecem os mesmos 4 kits que a Atma continuará fabricando durante mais de 1/4 de século: Cabine (Fig. Pág. Anterior), Casa, Estação e Fim-de-Linha. Só este último era, inicialmente, de outro tipo. 1964A Atma já estava fabricando o trem elétrico em CC (corrente contínua), 2 trilhos. Havia 4 versões: (A) Loco F-7 com carros longos de passageiros, versões Cia. Paulista, Central e RFFSA; (B) Manobreira diesel copiada da Athearn (Hustler) com vagões curtos; (C) F-7 com vagões longos, versões Paulista, Central, RFFSA e EFA; (D) F-7 com "trem misto". 1964/OutÉ fundada, em Belo Horizonte, a Associação Mineira de Ferreomodelismo (AMF). 1965Segundo retrospectiva publicada bem mais tarde, no IF-10 (80/Out), foi em 1965 que a Frateschi começou a "dar alguma atenção ao modelismo ferroviário", por incentivo de Alfredo Lupatelli. "A primeira linha de produtos foi um conjunto de postes e catenárias para eletrificação de linhas para locomotivas elétricas", diz a breve retrospectiva. O Celso Frateschi parece que não gosta de falar sobre essa produção, iniciada em 1965, e seu TUE de subúrbio, até hoje, não dispõe de uma rede aérea. Até meados dos anos 80 — duas décadas mais tarde —, locomotivas elétricas européias, com pantógrafo, ainda serão vistas nas fotos ilustrativas dos kits Frateschi, bem como em seus catálogos. Por volta de 1986, foram produzidas novas fotos para os kits e o catálogo, eliminando a rede aérea e as locos elétricas européias. A AMF solicita e obtém, da RFFSA, um carro para sediar o clube e sua maquete. A Rede condiciona a entrega, devendo a AMF transportar o carro da EFOM (bitola 0,76 m) por caminhão, de São João del Rey a Belo Horizonte. A AMF desiste, e permanece inativa nos próximos 16 anos, até 1981. Para uma história do ferreomodelismo no Brasil
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