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Estrada de Ferro Trombetas
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Em 1999, o Anuário dos Transportes registrava a existência de uma frota quase exclusiva de gôndolas, situação aliás típica de uma ferrovia de caráter meramente industrial, para um único produto — bauxita:
Era ainda a frota descrita por Paulo Arumaá [Trombetas: uma ferrovia na selva amazônica, Informativo Frateschi nº 44, 1987]: "A composição ferroviária é formada por uma locomotiva G12 puxando 22 vagões GDE (gôndolas de 54 m³, para 70 t + 19 t de tara). Além das composições de minério, a estrada possui 2 vagões HND para lastro, 2 TCD (tanque para 58.500 l), 2 PMD (plataforma de 14 m) e 1 fechado para serviços gerais, todos eles fornecidos pela Santa Matilde". Embora não indicasse o número de composições, o número de locomotivas (5) sugere que poderiam estar entre 5 e 4 (caso uma loco se destinasse a permanecer na reserva). Paulo Arumaá registrava uma produção de "mais de 5 milhões de toneladas anuais de minério de bauxita" — sem especificar se a quantidade se referia ao minério bruto ou processado.
As gôndolas são acopladas aos pares, dotados de engate giratório que permite a descarga no virador, ou car-dumper: — esse equipamento vira (tomba) um vagão lateralmente, despejando o minério, que é levado por correias para a usina de beneficiamento; em seguida a composição avança a distância correspondente; o vagão seguinte é posicionado no car-dumper; e assim por diante.
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Outros dados do Anuário dos Transportes sugerem que as informações sobre a EF Trombetas talvez datassem de 1997: "Em 1997 transportou 9,6 milhões de toneladas de mercadorias (bauxita), equivalente a 288 milhões de TKU, empregando 60 funcionários".
Regis Motta, Milton Pimentel e João Paulo de Mello Franco [Simulação da Ferrovia Mina-Porto Trombetas, Pará, da Mineração Rio do Norte S.A. - MRN, Brasil Mining Site] confirmavam a existência, em 1993, de "4 conjuntos de vagões de 22 vagões cada, com um par de vagões de reserva" e uma produção de "8 Mtpa de bauxita". As simulações realizadas por eles, na época, indicavam que a "tonelagem máxima atingida fica ligeiramente acima dos 9 Mtpa. A curva também é assintótica, indicando que o gargalo passa a ser a ferrovia, pois as taxas de atendimento nos terminais, se consideradas isoladamente, atingiriam tonelagens anuais bem maiores que 9 Mtpa".
Fabiano Sayão Lobato [Exploration for hydrocarbons in the Amazonas basin, Signus, Special Issue - 2000] registra novo patamar de produção: "The mining company MRN (Mineração Rio do Norte) has reached there an annual production of 11 million tons which supplies around 17% of the new aluminum entering the worldwide market". Essa informação era confirmada no ano seguinte por Lúcio Flávio Pinto [Vale do Rio Doce é maior do que o Pará, O Estado de S. Paulo, 25 de fevereiro de 2001]: "a MRN (em sociedade com algumas das principais multinacionais do setor, inclusive as líderes Alcoa e Alcan) bateu o recorde de produção no ano passado, com mais de 11 milhões de toneladas de minério, quase 10% de toda a produção mundial".
Gilberto Santos Abrahão Júnior [Mineração Rio do Norte, julho de 2002, Fundacentro, apresentação sobre segurança no trabalho, PDF, 1,4 Mb. Embora focada na segurança do trabalho, a apresentação oferece dados e imagens das diversas etapas do processo — decapeamento com dragline, lavra com retroescavadeira, transporte fora-de-estrada, beneficiamento, embarque etc.] registrava um aumento para 110 gôndolas, em 2002 — ou para 112, se mantida a reserva de 2 vagões:
Transporte Ferroviário:
• 5 composições;
• 22 vagões/composição;
• 85 t/vagão;
• média 35.000 t/dia.[Observe o aumento em relação a lotação de 70 t/vagão, registrada por Paulo Arumaá em 1987. Isso parece ser desmentido por pelo menos uma das fotos de 2003]
Indica, também, a relação de tonelagem minério bruto / minério processado, associada à passagem para um novo patamar de produção, anunciado para 2003:
• Alimentação: 15 milhões t/ano –> 10 milhões t/ano produto final;
• Alimentação (2003): 24 milhões t/ano –> 16 milhões t/ano produto final.
A superação da marca de 16 milhões de toneladas parece ter ocorrido dentro do previsto. Gustavo Faleiros [Um cenário de ficção encravado na floresta, Valor Carreira, Outubro de 2003] situava a MRN como "a terceira maior produtora de bauxita do mundo, com capacidade para processar 16,3 milhões de toneladas". Isso é confirmado por O Estado de S. Paulo [Vale aumenta investimentos e empregos no Pará, 13/08/2004, ANTF], analisando o segundo trimestre de 2004: "A produção de bauxita da Mineração Rio do Norte (MRN) no rio Trombetas, no oeste do estado, atingiu a marca de 4,1 milhões de toneladas, 12,8% acima do registrado em igual período de 2003 e 5,2% a mais em relação ao primeiro trimestre de 2004".
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