Centro-Oeste - Trens, ferrovias e ferreomodelismo
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Ferreofotos

• Estação Aimorés - Trem Vitória a Minas - 27 Set. 2017

• EFSPRG - A ferrovia na guerra do Contestado - 25 Set. 2017

• Toshiba DNPVN - Porto do Rio Grande - 11 Jul. 2017

• A volta da locomotiva "Velha Senhora" (1981) - 18 Fev. 2017

• Reconstrução da Rotunda de São João del Rei (1983-1984) - 8 Dez. 2016

• Trem do centenário do cerco da Lapa (1993) - 2 Dez. 2016

• Embarque de blindados em vagões Fepasa (1994) - 27 Nov. 2016

• Os “antigos” trens turísticos a vapor da RFFSA - 23 Nov. 2016

• G12 canadenses “espartanas” nº 4103-4196 na ALL - 7 Set. 2016

• Locomotivas “Loba” GE 1-C+C-1 nº 2001 a 2025 Fepasa - 5 Set.. 2016

  

Ferrovias

• Estrada de Ferro Goiás - 30 Jul. 2018

• GE U23C nº 3902 RFFSA - 8 Out. 2017

• Litorinas Budd RDC no Brasil - 27 Set. 2017

• Fases de pintura das English Electric EFSJ / RFFSA - 2 Mai. 2017

• A Velha Senhora no trem da Luz a Paranapiacaba (1985) - 22 Fev. 2017

• Trens especiais Curitiba - Pinhais (1991) - 29 Nov. 2016

  

Bibliografia

• A Gretoeste: a história da rede ferroviária GWBR - 25 Abr. 2016

• Índice das revistas Centro-Oeste (1984-1995) - 13 Set. 2015

• Tudo é passageiro - 16 Jul. 2015

• The tramways of Brazil - 22 Mar. 2015

• Regulamento de Circulação de Trens da CPEF (1951) - 14 Jan. 2015

• Caminhos de ferro do Rio Grande do Sul - 20 Nov. 2014

   

“Vias brasileiras de comunicação”
Combater a privatização da EFCB
A motivação política da obra de Max Vasconcelos

Mapas da EFCB e ferrovias conectadas
Ministério da Viação e Obras Públicas - 1927
publicados no livro de Max Vasconcelos (vol. I, 3ª ed.), 1928
cortesia: Manoel Monachesi e Jorge A. Ferreira Jr. | Fotolog | Fotopages
apresentação: Flavio R. Cavalcanti

O Quadro do pessoal da ferrovia [p. 24-25] revela uma pista importante sobre a gênese da obra, o contexto em que foi gerada e o posicionamento político da "equipe" que o produziu:

"Em Dezembro de 1927 o quadro do pessoal da Estrada era de 28.396 ferroviários sendo 5.321 titulados e 23.075 jornaleiros.

"Assim, temos, incluídos os extranumerários, 9,7 empregados por quilômetro, enquanto que a São Paulo Railway, a importante estrada de ferro que tão integralmente desempenha os seus objetivos econômicos, tem 53,19 empregados por quilômetro de linha 1[Estatística das estradas de ferro no Brasil relativa ao ano de 1925].

"São dados oficiais; portanto, positivos. E estas expressões numéricas, parece-nos, bastam para fazer calar (pelo menos na parte relativa ao proclamado excesso de empregados da Central) a crítica impiedosa e malsã de certos técnicos de rua.

"Mas o que importa saber, quanto ao elemento humano em uma estrada de ferro, é o número de empregados em relação ao peso médio dos trens. Esse número deve ser inversamente proporcional ao referido peso, isto é, quanto maior for a tonlada-milha por trem-milha, menor deverá ser a quantidade de empregados por milhão de toneladas-milha.

"Ainda neste particular, o veredito inapelável dos números se declara em favor da Central, como poderá verificar quem se quiser dar o trabalho de cotejar as estatísticas que se prendem ao assunto".

Vivia-se, naquele momento, o enésimo ensaio de privatização da ferrovia estatal, sempre a pretexto de eficiência, combate a um suposto empreguismo, corte de despesas e o invariável "ajuste das contas públicas". A voracidade do "café" pelo dinheiro público não admitia competição. Ferrovias (principalmente fora da área de interesse do "café") deveriam reger-se pela mais estrita contabilidade empresarial do lucro — para que "o café" pudesse dispor dos cofres públicos de forma ilimitada, em sua defesa contra o livre mercado [Para manter os preços do café artificialmente valorizados, o dinheiro público era empregado na compra da produção excedente, retirando-a do mercado. Com o estímulo dessa transferência maciça de renda da sociedade para os cafeicultores, eles tornavam a investir, plantando milhões de novos cafeeiros, aumentando ainda mais a superprodução invendável — contra a lógica "do mercado", que seria a redução dos preços e dos novos plantios, até que a produção voltasse a se equilibrar com a demanda mundial. Os excedentes assim retirados do mercado jamais poderiam ser revendidos. Mesmo com preço estável e um crescimento de 35% na renda dos norteamericanos ao longo da década de 1920, o consumo per capita permanecia estável. Como não havia destino possível para o excedente acumulado, cresciam ano a ano os estoques "do governo". O valor dos estoques de café acumulados entre 1927 e 1929 totalizou 1,2 milhão de contos de réis — recursos retirados (entre outros setores) dos investimentos que deixavam de ser feitos em quaisquer ferrovias fora da área de interesse "do café"].

Prossegue, dois parágrafos adiante:

"Em que pese aos propagadores da periódica ideia de um arrendamento antipatriótico, aí está, atestando irrecusavelmente a capacidade administrativa dos seus dirigentes, e a dedicação incondicional do seu funcionalismo, o crescimento diário das rendas da Central, apesar de todas as inaugurações rodoviárias à margem do seu leito".

De fato, o relatório do Ministério da Viação e Obras Públicas (ref. 1927) apresentado pelo ministro Victor Konder ao presidente Washington Luís era curioso. As finanças públicas e o próprio país pareciam a ponto de ir para o brejo, se não se examinasse com lupa e não se cortasse cada centavo dos investimentos programados para as ferrovias federais — em especial do Norte e Nordeste, mas também do Sul e Sudeste, para não falar na expectativa de arrendamento da própria EFCB, provavelmente a maior empresa estatal então existente — para fazer caixa (e botar "no café"). Páginas adiante, começava o desfile de fotos das pontes e viadutos da rodovia de 1ª classe construída para ligar o Rio de Janeiro a São Paulo.

As obras para dar um mínimo de decência ao trecho paulista da EFCB arrastavam-se desde o início da República velha naquele passo sofrível de cortes sucessivos, exames de lupa, liberação de centavos, com a sentença sempre pendente de que não dava lucro capaz de justificar o "gasto" de dinheiro público. Construía-se, no entanto, uma rodovia de 1ª classe — a fundo totalmente perdido — em benefício dos gatos pingados que podiam se dar o luxo de manter um automóvel importado e de gastar com ele em uma rodovia paralela aos trilhos da EFCB.

   
  

Ferreomodelismo

• Backlight em maquetes de ferreomodelismo - 5 Nov. 2017

• Luzes de 0,5 mm (fibra ótica) - 2 Jun. 2016

• Vagão tanque TCQ Esso - 13 Out. 2015

• Escalímetro N / HO pronto para imprimir - 12 Out. 2015

• Carro n° 115 CPEF / ABPF - 9 Out. 2015

• GMDH-1 impressa em 3D - 8 Jun. 2015

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