Ferrovias do Brasil em 1907
por ordem cronológica de construção

CIB, 1909
IBGE / CNI, 1986

Ferrovias | Cronologia
A grande viagem

• EF de Mauá
• EF Central do Brasil
• EF do Recife ao S. Francisco
• EF Bahia ao S. Francisco
• EF de Cantagalo
• EF Santos a Jundiaí
• EF Recife ao Caxangá
• EF União Valenciana
• EF Recife a Olinda e Beberibe
• EF Jundiaí a Campinas
• EF de Itu a Jundiaí
• EF de Campos a S. Sebastião
• EF Porto Alegre a Nova Hamburgo
• EF de Macaé a Campos
• EF de Nazaré
• EF de Baturité
• EF de S. Paulo a Sorocaba
• EF de S. Paulo a Cachoeira
• EF Leopoldina
• EF de Campinas a Moji-Mirim
• EF Central da Bahia
• EF de Resende a Areias
• EF do Rio das Flores
• EF de Carangola
• EF do Rio do Ouro
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• EF União Mineira
• EF Barão de Araruama
• EF Porto Alegre a Uruguaiana
• EF Santa Isabel do Rio Preto
• EF de Sobral
• EF Santo Amaro
• EF Paulo Afonso
• EF Bragantina
• EF do Recife a Limoeiro e Timbaúba
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• Ramal de Pirapetinga
• EF Piraiense
• EF Natal a Nova Cruz
• EF Paraná
• EF Oeste de Minas
• EF Conde d'Eu
• EF D. Teresa Cristina
• EF Bahia e Minas
• EF Minas e Rio
• EF S. Carlos do Pinhal
• EF Central de Pernambuco
• EF Rio Grande a Bagé
• Ramal do Muriaé
• EF Central de Alagoas e Ramal
• EF do Sumidouro
• EF do Bananal
• EF Juiz de Fora ao Piau
• EF do Corcovado
• EF Quaraim a Itaqui
• EF de Bragança
• EF do Norte
• EF de S. Vicente
• EF Cachoeiro de Itapemirim ao Alegre e Ramal
• Ramal do Rio Pardo
• EF Ribeirão ao Bonito
• EF Itatibense
• Ramal Dumont
• EF Central de Macaé
• Ramal Férreo Campineiro
• EF Sapucaí
• EF Santa Maria Madalena
• EF Caxias a Cajazeiras
• EF Funilense
• EF Muzambinho
• EF Santa Maria ao Uruguai
• EF de Cataguases
• Linha Auxiliar da Central do Brasil
• EF de João Gomes
• EF Sul do Espirito Santo
• EF de Teresópolis
• EF Campos a S. João da Barra
• Ramal do Rio Claro
• EF S. Paulo - Rio Grande
• EF Centro Oeste
• EF de Araraquara
• EF Areal a Entre Rios
• EF do Dourado
• EF Vitória a Minas
• Ramal de Campina Grande
• EF Noroeste
• EF de Alcobaça á Praia da Rainha
• EF Madeira a Mamoré

De 1835 a 1889 | Concessões de 1890 | Resgates e arrendamentos de 1897 a 1907

Ferrovias brasileiras até 1907: condições técnicas e custo
Estrada de Ferro
Porto Alegre a Uruguaiana

O Brasil, suas riquezas naturais, suas indústrias
Tomo III - Indústria de Transportes, Indústria Fabril
CIB, Rio de Janeiro, 1909
Reedição fac-similar:
IBGE / CNI, Rio de Janeiro, 1986

Ferrovias | Cronologia | A grande viagem
De 1835 a 1889 | Concessões de 1890 | Resgates e arrendamentos de 1897 a 1907

A 23 de Dezembro de 1877 teve início a construção da linha de Taquari a Cacequi, hoje denominada Porto Alegre a Uruguaiana. Em 7 de Março de 1883 foi inaugurado o tráfego desde Taquari até a estação de Cachoeira, no quilômetro 147,375, e a 20 de Dezembro do mesmo ano até Jacuí, no quilômetro 182,265. A 15 de Outubro de 1885 chegava o tráfego até a estação de Santa Maria, no quilômetro 261,847; a 7 de Julho de 1889 inaugurou-se a estação de São Pedro, no quilômetro 305,924; e a 1 de Junho de 1890 chegava o tráfego à estação de Cacequi, no quilômetro 374,718.

Os trabalhos de preparação do leito e obras de arte entre Bagé e Cacequi foram iniciados a 11 de Julho de 1889.

A 24 de Agosto de 1896 abriu-se o tráfego do trecho de Cacequi a São Gabriel e a 3 de Dezembro do mesmo ano o trecho de Bagé a São Sebastião.

Desde então ficaram paralisados os trabalhos da construção e só prosseguiram depois do arrendamento da estrada em 12 de Março de 1898.

A conclusão da linha entre São Gabriel e São Sebastião foi realizada pela Companhia arrendatária, que para isso obteve garantia de juros de 6% sobre o capital de 2.990:000$000.

Em 8 de Outubro de 1900 foi aberto ao tráfego o trecho de São Gabriel a São Sebastião, com 91,689 quilômetros, ficando assim concluído o ramal de Cacequi a Bagé, cuja extensão total é de 206,154 quilômetros.

Quando em 1896 tiveram de ser suspensas as obras de construção de Porto Alegre a Uruguaiana, achava-se quase concluído o trecho na extensão de 105 quilômetros que, partindo da cidade de Uruguaiana, vai até o lugar denominado Carvoraci, distante 37,985 quilômetros da cidade de Alegrete.

Este trecho de Uruguaiana a Alegrete, com o desenvolvimento de 141,865 quilômetros, se acha em tráfego e incorporado à rede arrendada.

Se a estas linhas juntarmos as que foram incorporadas no novo contrato de arrendamento de 1905, a saber: Rio Grande a Bagé e ramal da Costa do Mar, Santa Maria ao Passo Fundo, ramal de Couto a Santa Cruz, Porto Alegre a Nova Hamburgo e Nova Hamburgo a Taquara, obteremos para o total das linhas em tráfego, em 31 de Dezembro de 1907, arrendadas à Compagnie Auxiliaire des Chemins de Fer, a extensão de 1.623,944 quilômetros.

Quando o governo arrendou a estrada de ferro Porto Alegre a Uruguaiana a sua extensão em tráfego era de 492,875 quilômetros e tinha despendido aproximadamente a avultada soma de 46.287:256$000 [93,9 contos / km].

A bitola da linha é de um metro, o raio mínimo de 124 metros e a declividade máxima de 0m,018.

Em Setembro de 1901 prosseguiram os trabalhos de construção de Alegrete a Cacequi, com a extensão de 118,847 quilômetros, atualmente a cargo da companhia arrendatária; assim como estão em construção a linha de Margem a Neustadt com 93,408 quilômetros, de São João de Montenegro a Caxias com 117,268 quilômetros e ramal de Santana do Livramento com 149,312 quilômetros.

Com a linha de São Gabriel e São Sebastião despendeu a arrendatária a importância de 3.486:764$490.

Para a conclusão dos trabalhos do trecho entre Cacequi e Uruguaiana abriu o governo três créditos especiais no valor total de 1.457:756$000.

EF Porto Alegre a Uruguaiana
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