Flavio R. Cavalcanti, 5 Nov. 2009Antes de calcular o espaço necessário à espiral, considere também a largura da base de madeira para a via férrea. Lembre que, para um espaçamento vertical de 105 mm entre as voltas da espiral, o raio de 736 mm (diâmetro = 1.472 mm) refere-se ao centro da via — que será o centro da base de madeira, caso pretenda fazer uma via singela —, e a ele ainda deve ser acrescentada a largura da base (metade em cada ponta do diâmetro). Como a espiral ficará escondida, não existe motivo de ordem visual para manter estreita a base de madeira. Pelo contrário. Os 3 métodos mais comuns de suporte & espaçamento acabam invadindo, de alguma forma, o espaço lateral da base de madeira. Para que isso não interfira no gabarito (espaço lateral livre) necessário ao material rodante — em curva permanente —, é preciso prever uma largura extra na base. Portanto, o espaço ocupado pela espiral será 2 vezes a soma: Raio da curva + largura de 1/2 base + o espaço extra de 1 suporte vertical + o espaço ocupado pelo quadro da estrutura da maquete, que deve envolver os suportes. A figura abaixo ilustra a soma de um dos lados da espiral:
Essa conta, portanto, vai depender da definição dos suportes verticais (tipo, dimensões, localização), e da definição da estrutura da maquete (longarinas, travessas). Se, no final das contas, for possível ocupar mais alguns centímetros de largura com a espiral, considere seriamente as vantagens de fazê-la em via dupla — um "elevador" de 2 mãos, subida e descida. A estrutura será a mesma, bastando alargar a base de madeira. Como as contas do raio de curvatura foram feitas mais ou menos no limite para o espaçamento vertical — e com o gradiente dos trilhos no limite —, a segunda via não deve ser interior, pois teria rampa excessiva. Lembre que o trem deverá percorrer uma longa extensão em rampa, sem supervisão visual, se possível inúmeras vezes, durante vários anos. Por isso, evite pensar unicamente na sua frota atual de vagões e locomotivas. Amanhã, a frota poderá receber acréscimos, e nunca é bom apostar no limite. Por isso, a prudência recomenda que a segunda via seja planejada do lado externo — com raio um pouco maior, e por consequência uma inclinação um pouco mais suave. Dessa forma, a via externa será a escolha natural para o tráfego de subida (se houver necessidade de definição fixa), deixando a curva interna para o tráfego de descida, onde a inclinação é menos crítica. |
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Espiral de trilhos para maquete em vários níveis
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