Ferrovia Norte-Sul
Pátio de Anápolis
Flavio R. Cavalcanti - 12 Dez. 2014
Uma crítica da iniciativa privada e uma nota de esclarecimento da
Valec
abrem uma janela sobre a situação do pátio ferroviário da
FNS
em Anápolis (GO) no final de Novembro de 2014.
Em entrevista a um jornal de Goiânia, o diretor do Porto Seco Centro-Oeste, empresa privada concessionária de serviço público, afirmou que, ao contrário do previsto, a
FNS
não começaria a operar em Dezembro o trecho de Anápolis (GO) a Palmas / Porto Nacional (TO).
Trata-se do Tramo Sul da ferrovia, com 855 km, inaugurado em Maio pp.
As causas citadas por ele vão desde as exigências da ANTT para a liberação do trecho, principalmente sinalização horizontal e vertical, até antigos relatórios do TCU, misturando problemas de diferentes tipos e épocas, em linguagem de impressionar. Parece o caos.
Por outro lado, menções a demanda reprimida etc. poderiam dar, ao leitor menos atento, a impressão de que cargas estariam se acumulando devido ao atraso na operação da ferrovia, e que o Porto Seco Centro-Oeste estaria apenas esperando a liberação para começar a despachá-la [Trecho goiano não opera este ano. O Popular, 26 Nov. 2014].
Nota publicada no site da
Valec
dois dias depois afirma com fotos que o pátio ferroviário de Anápolis (GO) está concluído; e que as exigências da ANTT não impedem o funcionamento do Tramo Sul: Não há impedimento para a circulação de trens, o que já vem ocorrendo na forma de testes. Como exemplo, informa que serão transportadas na Ferrovia Norte Sul, em Dezembro, locomotivas, que sairão de Anápolis com destino a São Luiz [Esclarecimento sobre a operação na Ferrovia Norte-Sul. Valec, 28 Nov. 2014].
Porém, o incremento do fluxo de trens depende de dois investimentos privados:
-
Construção da tulha da Granol, já em fase de finalização; e
-
Construção do desvio ferroviário do Porto Seco Centro-Oeste, que ainda precisava elaborar o projeto para aprovação pela Valec, como determina o regulamento da ANTT, e em seguida realizar a obra.
«» ª
|