Flávio R. Cavalcanti
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O projeto é improvisado. Falta a lapidação que só o construtor da mini-ferrovia pode atingir, quando investe tempo planejando, olhando e tornando a olhar. Foi desenhado em 72 horas, apenas como sugestão utilizando o antigo AMV ref. 4165 Frateschi, hoje fora de linha.
As curvas têm raio = 482,6 mm (19'', em polegadas), ou seja, grades ref. 4166 e 4083 Frateschi.
É difícil indicar como e onde reduzir a largura ou o comprimento, para adaptar a um cômodo ainda menor. O primeiro passo seria utilizar curvas mais fechadas (grades ref. 4219 e 4188 Frateschi).
Aumentar é bem mais fácil.
Em qualquer caso, as medidas precisam ser alteradas para utilizar o atual AMV Frateschi e funcionará melhor se o cômodo for um pouco mais longo e/ou mais largo.
Uma análise dos principais aspectos do projeto ajudará cada um a checar as idéias adotadas, criticar suas falhas, e adaptá-lo a outras situações.
Embora a U20C e os carros Budd da Frateschi funcionassem nos antigos AMVs Frateschi ref. 4165, o projeto não foi feito para eles.
A idéia é de uma época antiga, ferrovia modesta, com locomotivas e vagões pequenos, que não ressaltam as curvas fechadas nem o pequeno comprimento dos pátios.
Vagões fechados de madeira, pranchas, gaiolas modificados (reduzidos), gôndolas de madeira, são o material rodante natural.
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Dois subúrbios "industriais" tão pouco modernos quanto possível, separados por duas áreas "rurais" a ponte móvel junto à porta, e a ponte fixa à direita, também com rebaixamento do relevo.
A área "rural" não precisa ser grande, mas é indispensável para se admitir que um trem "viajou".
Serraria, armazém de carga geral (atacadista), curtume, "fábrica" de charque, e até uma metalurgia de pequeno porte, seriam motivos adequados para a série de galpões pequenos, amontoados irregularmente entre as linhas.
Uma sugestão seriam galpões de madeira, encontrados em antigas imagens do Sul, da EF Madeira-Mamoré, e outras áreas pioneiras. Para construções de alvenaria, preferência por tijolo aparente e aspecto antigo.
Em 1988, só a caixa d'água da Frateschi se enquadrava neste cenário. Hoje, a cabine de sinalização e o depósito de locomotivas também apresentam aspecto menos moderno.
Como instalar pátios para manobras (não ficar só "rodando") num espaço tão apertado, sem virar "ferrovilândia"? Optar por pátios à antiga, espalhados, sem simetria. Evitar paralelas. Entre os pátios, semear pequenas construções.
Na parede maior, a combinação de construções pela metade + espelhos e/ou painéis (D), ajudam a criar "profundidade". No canto, o efeito é de um ramal "se perdendo" para dentro de um subúrbio.
Obs.: A sugestão do espelho e construções enviesadas no canto (F) foi criticada por um amigo, logo em seguida, e com razão. Mesmo havendo construções enviesadas, espelhos devem alinhar-se com as paredes.
Não se iluda é um oval, exatamente como seria, se fosse uma folha retangular de compensado. Aliás, é pouco mais do que isso, com a diferença de que você fica no meio, e seu olhar não abrange tudo de uma vez, sendo obrigado a "viajar" com o trem. Cuidado para não ficar tonto.
Você não está mais apenas "dando voltas". Encare assim: O trem sai de uma cidade, passa por várias outras (às vezes pega ou deixa um vagão) e só depois chega ao destino.
No destino seja qual for a cidade os vagões são manobrados até uma ou outra "indústria". Isso evita o pátio compacto, tão comum no ferreomodelismo, onde os vagões são manobrados sem um objetivo aparente.
O trecho é antigo, arcaico. Antes de mandar um vagão para uma indústria, é preciso retirar de lá os vagões que estavam carregando ou descarregando.
Os ramais são singelos (via única) e o trânsito deve se conformar a esta situação. Não só os trens são pequenos. As manobras também, e só podem ser feitas com 1 ou 2 vagões de cada vez. E as dificuldades geram um quebra-cabeças.
O modelista não anda, está tudo ao alcance da mão. Você pode espalhar os controles dos AMVs e chaves de alimentação, cada um perto do trecho a que se refere.
Por comodidade, pode retirar o botão de velocidade (reostado) e a chave de reversão do controlador, e instalar em uma caixa menor, na ponta de um spaghetti de fios.
Na época dessa velha ferrovia, ainda não havia CCO (pelo menos, nela). Enquanto um trem anda, ou vagões são manobrados, o resto espera.
Nos ramais das indústrias A e G, vagão só entra empurrado (de ré), mas primeiro a locomotiva tem de puxá-los em direção aos desvios de manobra (inversão) ao lado de B e de H. Vire as agulhas do AMV e, só então, entra de ré em A e G.
Já para as indústrias B e H, a entrada é diretamente empurrando, sem inverter a marcha. Em G, só entra ou sai um vagão por vez a menos que H esteja vazio e possa ser usado. Em A isso não ocorre.
Esse sistema pode funcionar com uma locomotiva e um vagão, para H e G, mesmo sem a colocação da ponte escamoteável diante da porta do cômodo. Tanto nessa ponta como na outra, há condições para uma locomotiva sair da frente da composição e ir engatar-se à ré, para retornar, mesmo sem a ponte escamoteável. Não que isso seja muito interessante, mas significa que numa sessão de 15 minutos você não precisa necessariamente ajustar e conectar a ponte móvel.
Um ramal perdendo-se atrás do espelho da indústria D pode oferecer três tipos de manobra.
As construções E e K podem ser depósitos de locomotiva, permitindo ter até 5 locomotivas: duas para manobras nos pátios 1 e 2; duas de percurso; e uma de uso interno na indústria C / D.
Não há como girar uma locomotiva a vapor, a menos que se elimine uma das indústrias A, B, G ou H para instalar um girador pequeno.
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