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Ferreomodelo de vagão caboose da antiga Mogiana, decalcado como EFVM

Ferreomodelos
Modelando o vagão Caboose da Mogiana

Marco Antônio Ferreira de Carvalho

O modelo foi inspirado nos cabooses da Mogiana, posteriormente incorporados ao acervo da Fepasa.

Ele acabou decalcado como EFVM — que nunca teve nada parecido rodando em suas composições — por um motivo justo, pois foi presenteado ao Wilsinho, filho do Wilson Roberto Gaggini, meus amigos da SBF, que fazem essa ferrovia.

Para a construção do modelo a única fonte foram fotos publicadas na internet, o que me obrigou a deduzir as suas medidas, que estão informadas nas figuras 1, 2 e 3.

Algum tempo depois de ter terminado a confecção do modelo e dele já estar rodando na maquete da SBF, tive a oportunidade de fotografar e medir pessoalmente um desses cabooses, agora pertencente à CPTM e adaptado para realização dos trabalhos de manutenção da rede aérea. As medidas do caboose em HO (1:87) constam da Fig. 4. Estes cabooses ficam atualmente estacionados na Estação Domingos de Morais na Lapa em São Paulo.

Vagão caboose da Fepasa, utilizado como protótipo do ferreomodelo

Modelagem

A modelagem foi feita usando o teto e o chassis do vagão 2017 da Frateschi. O teto foi estreitado, cortando-se e limando-se, para ficar com 31 mm de largura. O chassis foi cortado para ficar com a dimensão final de 119 mm e somente foram mantidas as longarinas e os detalhes de freio da sua parte central, para não prejudicar a movimentação dos trucks, que foram aproveitados de um vagão aposentado. Os trucks devem ser montados de modo a ficarem uns 4 mm das extremidades do chassis.

O corpo e a cúpula foram construídos com chapas de poliestireno. As extremidades das chapas do corpo devem ser chanfradas num ângulo de 45º para serem coladas (Detalhe A da Figura 1). As portas laterais, o freio e a escada lateral são sobras de antigos vagões. Os quatros reforços da testeira foram recortados de uma tira de 2,0 x 2,5 mm da Evergreen, sendo chanfrados em ambas as extremidades num ângulo de +/- 30º, e os dois trilhos superiores, que suportam as portas laterais, foram feitos com o perfil em I da Plastruct nº 90511 de 1,6 mm. Os corrimãos e outros detalhes de metal foram dobrados com fio de latão 0,40 mm.

Para reforçar o chassis e fazer os cinco suportes inferiores das portas laterais, recortei duas chapas de poliestireno de 0,5 mm de espessura, com o comprimento do chassis, sendo uma com a largura exata do chassis e a outra 2 mm maior. Em seguida fiz um "sanduíche" com o chassis e a placa de poliestireno, da mesma largura, no papel das fatias de pão e a placa mais larga como o recheio e que foi centralizada para deixar um 1 mm de cada lado. Para finalizar, com um bisturi de lâmina de ponta fina recortei o excedente deixando só os 5 suportes de cada lado, com +/- 1,2 mm de largura cada um.

A pintura na cor "red caboose", o envelhecimento e a colocação dos decalques foram realizadas pelo Fabiano Louzada Ballarini, que realiza esse tipo de trabalho para muitos sócios da SBF.

Estão publicadas na Internet diversas fotografias que podem ser referenciadas para pintar e decalcar o vagão como Mogiana ou Fepasa.