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Santa ignorânciaA maneira mais prática de desenhar uma mini ferrovia é espalhar os trilhos sobre uma grande folha de papel, arrumá-los a gosto, e marcar no papel com spray solúvel em água. Limpe os trilhos em seguida. Para "desenhar" uma ferrovia ocupando um quarto inteiro, espalhe folhas de papel pardo ou de jornal, no chão, e fixe umas nas outras com durex, até secar a cola. Felizmente, no início de 1983 eu não sabia disso. Se soubesse, não teria me divertido tanto.
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Os projetos da maquete EF Pireneus-Paranã
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O desenho terminado em Março de 1984 fixava definitivamente o traçado da mini-ferrovia EF Pireneus-Paranã.
Não houve desenho intermediário, desde as sugestões da Frateschi em Setembro do ano anterior, porque, àquela altura, já tinha transformado o projeto em sequências de coordenadas X, Y.
Como diria o Chávez, todas as curvas foram friamente calculadas.
Era extremamente complicado traçar ou medir retas e curvas, nos ângulos mais variados, contando apenas com a régua T e o transferidor e me sentir seguro de ter feito a coisa certa.
Por isso, esse terceiro desenho é limpo como nenhum outro, sem andaimes, raios ou centros de curva.
Calculada a sequência de coordenadas, bastava colocar o compasso nas coordenadas X, Y e traçar a curva, de um segundo X, Y até um terceiro X, Y.
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Os três pontos tinham de dar certo, sobre o papel milimetrado.
Isso era fundamental para, mais tarde, desenhar as curvas de madeira em tamanho real, e posicioná-las com exatidão, sobre um tablado vazado, ou seja, sem um tampo plano sobre o qual pudesse traçar as linhas.
Iria depender das coordenadas X, Y medidas ao longo das ripas do tablado vazado.
Era, literalmente (ou numeralmente), desenho ajudado por computação (CAD). Mas, como os computadores eram caros pra xuxu, a computação foi feita, mesmo, usando a velha Tábua de Logaritmos do meu pai, do tempo em que engenheiro não andava sem uma régua de logaritmos no bolso.
O primeiro cálculo terminou em 8 Fev. 1984; e vários trechos foram refeitos até 5 Mar. 1984, uma Segunda-feira de Carnaval.
Isso permitiu transformar cada curva, inicialmente de raio único, em sequências de três curvas, suavizando a transição na entrada e na saída para a reta seguinte. Além de facilitar a inscrição dos trens, produz ótimo efeito visual, aumentando o realismo.
Esse método também permitiu estabelecer com precisão a extensão dos trechos e, por consequência, o nível exato em que a linha deveria ser fixada, em cada ponto do percurso.
Mais tarde, quando consegui comprar um computador capaz de rodar CAD, bastou inserir as velhas coordenadas X, Y para traçar rapidamente a versão digital da EF Pireneus-Paranã.
Foi o DAC, computador ajudado pelo desenhista.
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