Flavio R. Cavalcanti - 14 Dez. 2014O desenho terminado em Março de 1984 fixava definitivamente o traçado da mini-ferrovia EF Pireneus-Paranã. Não houve desenho intermediário, desde as sugestões da Frateschi em Setembro do ano anterior, porque, àquela altura, já tinha transformado o projeto em sequências de coordenadas X, Y. Como diria o Chávez, todas as curvas foram friamente calculadas. Era extremamente complicado traçar ou medir retas e curvas, nos ângulos mais variados, contando apenas com a régua T e o transferidor e me sentir seguro de ter feito a coisa certa. Por isso, esse terceiro desenho é limpo como nenhum outro, sem andaimes, raios ou centros de curva. Calculada a sequência de coordenadas, bastava colocar o compasso nas coordenadas X, Y e traçar a curva, de um segundo X, Y até um terceiro X, Y.
Os três pontos tinham de dar certo, sobre o papel milimetrado. Isso era fundamental para, mais tarde, desenhar as curvas de madeira em tamanho real, e posicioná-las com exatidão, sobre um tablado vazado, ou seja, sem um tampo plano sobre o qual pudesse traçar as linhas. Iria depender das coordenadas X, Y medidas ao longo das ripas do tablado vazado. Era, literalmente (ou numeralmente), desenho ajudado por computação (CAD). Mas, como os computadores eram caros pra xuxu, a computação foi feita, mesmo, usando a velha Tábua de Logaritmos do meu pai, do tempo em que engenheiro não andava sem uma régua de logaritmos no bolso. O primeiro cálculo terminou em 8 Fev. 1984; e vários trechos foram refeitos até 5 Mar. 1984, uma Segunda-feira de Carnaval. Isso permitiu transformar cada curva, inicialmente de raio único, em sequências de três curvas, suavizando a transição na entrada e na saída para a reta seguinte. Além de facilitar a inscrição dos trens, produz ótimo efeito visual, aumentando o realismo. Esse método também permitiu estabelecer com precisão a extensão dos trechos e, por consequência, o nível exato em que a linha deveria ser fixada, em cada ponto do percurso. Mais tarde, quando consegui comprar um computador capaz de rodar CAD, bastou inserir as velhas coordenadas X, Y para traçar rapidamente a versão digital da EF Pireneus-Paranã. Foi o DAC, computador ajudado pelo desenhista. «» ª Estrada de Ferro Pireneus-Paranã
|
Acompanhe no FB |
|
|
Ferrovias | Mapas | Estações | Locomotivas | Diesel | Vapor | Elétricas | Carros | Vagões | Trilhos Urbanos | Turismo | Ferreomodelismo | Maquetes ferroviárias | História do hobby | Iniciantes | Ferreosfera | Livros | Documentação | Links | Atualizações | Byteria | Mboabas | Brasília | Home |