Flávio R. Cavalcanti
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Ao contrário do esquema elétrico projetado por Celso Frateschi (IF-33), adotei, em minha extinta EF Pireneus-Paranã, 2 simplificações:
Isso pode ser feito na maioria das mini-ferrovias onde 2 Controladores comandam 2 trens ou locomotivas de forma independente — inclusive, em direções opostas.
Não faz diferença se os trechos eletricamente isolados estão lado a lado (como no Traçado S-3 do livro "Ferrovias para Você Construir", vol. II), ou um após outro (como na EFPP).
Tampouco faz diferença se cada trecho eletricamente isolado pertence sempre ao mesmo Controlador (Traçado S-3), ou se cada trecho pode ser transferido de um Controlador para outro (EFPP).
Atenção: Isso não pode ser feito em 2 casos principais:
As vantagens — sempre que se pode isolar apenas o trilho alimentado pelo fio "vermelho" — são:
Interligando os terminais "pretos" de 2 ou 3 Controladores, pode-se estender um único fio "preto" de grosso calibre, ao longo de uma grande maquete.
Um fio de maior diâmetro (número menor, tipo 16 ou 12) conduz melhor a eletricidade, pois oferece menor resistência à passagem da corrente.
Isso é importante em maquetes extensas, pois maior distância — maior comprimento dos fios e dos trilhos — oferece maior resistência à corrente elétrica.
Desse "fio comum" (preto), você pode puxar várias ligações com fio n° 22 ou 20, por toda parte, de modo que o "trilho comum" receba alimentação a cada 2 ou 3 metros, em especial nos pontos mais distantes.
Não deixe só por conta das talas — mesmo com solda — a passagem da alimentação elétrica de um trilho para outro.
Mesmo em distâncias menores, o ideal é alimentar o "trilho comum" — de novo — em todos os pontos onde exista alimentação do trilho isolado (fio vermelho).
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Não, não dá.
No Traçado S-3 do livro "Ferrovias para Você Construir", vol. II (5ª Edição, 95/Abril), por exemplo, a Frateschi recomenda instalar um "fio preto" para cada trecho eletricamente isolado.
No entanto, sugere isolar (interromper) somente o trilho alimentado pelo fio "vermelho", na passagem de um trecho para outro.
Na prática, o "trilho comum" interliga os fios "pretos" dos 3 Controladores — apenas gastando mais fio e proporcionando menor eficiência na alimentação dos vários trechos da via férrea.
Como o projeto vem sendo divulgado pela Frateschi desde a 1ª edição do livro, em 1981/Dezembro, o leitor pode ficar tranquilo.
Se tivesse que dar curto-circuito, já teria dado bastante, nesses 14 anos.
Ficamos impressionados ao ver os sinais de "mais" (+) e de "menos" (–), imaginando que os polos "positivo" e "negativo" representem — sempre — algum antagonismo absoluto, tipo mocinho X bandido, água X fogo, Deus X diabo.
Imagem menos traumática seria a de "energia chegando" (+) e "energia retornando" (–) para a fonte do Controlador. Mesmo essa imagem, porém, tem pelo menos uma falha gritante:
O que "anda" — se é que algo anda — são os elétrons (–) e não os prótons (+), que estão muito bem presos no núcleo do átomo. Portanto, é do polo negativo que alguma coisa anda (se é que anda); e é para o positivo que retorna (se é que algo retorna).
Aliás, o relâmpago não "cai", como se diz; ele salta do chão para as nuvens. Mas isso já é uma outra estória.
Se — ao inverter a "direção de marcha" de uma locomotiva — suas rodas conectarem o (+) de um Controlador com o (–) de outro Controlador, nenhum relâmpago saltará, nem do (+) nem do (–).
Apenas, a locomotiva passará a andar — durante algum tempo — com a soma das "velocidades" dos 2 Controladores.
Se um Controlador está oferecendo 4 Volts de tensão e o outro 5 Volts, a locomotiva receberá — durante algum tempo — 9 Volts. Continuará na mesma direção em que já estava andando, só que mais rápido.
Já me aconteceu várias vezes. Não saltou faísca, não descarrilou, não queimou motor, nem queimou Controlador.
Como jamais coloquei 2 Controladores na tensão máxima de 12 Volts, de uma só vez, nunca tive a alegria de ver um trem disparar com 24 Volts. Deve ser bonito.
Alguém deve estar imaginando que espetáculo seria, com 3 Controladores ao mesmo tempo.
Seria o mesmo que com apenas 2 Controladores, já que os polos (+/–) são apenas 2.
O terceiro Controlador somaria apenas corrente ("ampéragem") a 1 dos outros 2.
Seja como for, parece-me difícil causar um acidente tão complexo, envolvendo 3 Controladores de uma só vez.
Mas você sempre pode tentar.
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