Flavio R. Cavalcanti - 5 Jul. 2015A causa imediata da suspensão do Rodotrem Rio de Janeiro - São Paulo foi a interrupção do tráfego da RFFSA entre as duas maiores metrópoles do Brasil, pela queda da ponte sobre o rio Paraíba do Sul em São José dos Campos, no Ramal de São Paulo. O acidente ocorreu às 9:05 de 7 Fev. 1994, quando um trem de minério de 77 vagões, proveniente de Minas Gerais, com destino à Cosipa, atravessava a ponte (ou “pontilhão”) sobre o rio Paraíba do Sul. Cederam os pilares dos últimos 50 metros da ponte (de 200 m), e 32 vagões caíram no rio Paraíba do Sul, enquanto outros 2 vagões descarrilaram. Os últimos 9 vagões do trem foram levados de volta a São José dos Campos, mais tarde, e os demais seguiram viagem para Cubatão. Não houve vítimas. De acordo com a reportagem de Júlio Ottoboni, publicada n’O Estado de S. Paulo do dia seguinte, previa-se a paralisação do tráfego ferroviário entre Rio de Janeiro e São Paulo durante 10 dias, depois do quê, passaria a ser usada “a linha tronco de São José dos Campos a Mogi das Cruzes”. No entanto, informava que os “trabalhos” deveriam durar cerca de 3 meses, durante os quais a RFFSA teria prejuízo de US$ 5 milhões mensais, por deixar de transportar areia, bauxita, minério de ferro etc. O que ele chama de “linha tronco de São José dos Campos a Mogi das Cruzes” era o percurso antigo, por Jacareí, que voltaria a ser utilizado provisoriamente, após uma preparação rápida, de uns 10 dias, até que a ponte sobre o rio Paraíba do Sul pudesse ser reconstruída, presumivelmente em 3 meses. Depreende-se, do que informava a RFFSA ao repórter naquele momento, que o tronco antigo não suportaria todo o fluxo de carga que então havia no Ramal de São Paulo, daí o prejuízo de US$ 5 milhões mensais, pela limitação do transporte possível ao longo desses 3 meses. De fato, a antiga linha tronco originalmente construída em bitola métrica pela saldosa Estrada de Ferro São Paulo a Cachoeira, com a subvenção quilométrica de 1873, apresentava um traçado ingrato, com rampas de até 2%, que limitavam e encareciam a operação ferroviária. A posição quilométrica da ponte, citada na reportagem km 393, ainda é um mistério para mim. De acordo com o Sistema Ferroviário do Brasil, de 1982 [SFB 82, p. 44-52], São José dos Campos situava-se no km 305, contado desde Japeri; e Arará situava-se no km 62, também contado desde Japeri, o que somaria 367 km de percurso do Rodotrem até a estação, a menos de 1 km da ponte. Duas décadas antes, contavam-se 388 km desde a gare de D. Pedro II [mas não se indicava conexão com o Ramal do Cais do Porto, da Linha Auxiliar, então em bitola métrica]. De acordo com Marco Giffoni, que acompanhou o assunto na época, o Rodotrem Rio de Janeiro - São Paulo não voltou a circular, após a normalização do Ramal de São Paulo da SR3 RFFSA. Olhando em retrospecto, não houve mesmo muito tempo para isso. Supondo o fim dos “trabalhos” (3 meses) em 7 Mai. 1994, restarariam apenas 8 meses até o início do governo FHC que em 5 Mar. 1995 já realizava o primeiro leilão de privatização. «» ª
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