Flavio R. Cavalcanti - 10 Nov. 2014Santa Maria. Relatos e impressões de viagem Apresentado como coletânea de leitura amena, sem pretensão de revelar novidades históricas , simples reunião de 65 relatos, crônicas e textos de origem diversa, o livro do engenheiro florestal Marchiori e do programador visual Noal Filho parece ter-se tornado verdadeira referência em pesquisas sobre Santa Maria (RS). A verdade é que pesquisaram a sério, selecionaram textos de fato relevantes, cobrindo toda a evolução da cidade em seus 200 anos; apresentam uma rápida biografia de cada autor, capaz de situar com clareza a origem e o contexto dos trechos escolhidos; e reviraram arquivos para reunir fotos e mapas significativos de cada aspecto de sua história.
Citam como fontes da iconografia as bibliotecas Riograndense (Rio Grande), Pública do Rio Grande do Sul (Porto Alegre), do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, Pública Municipal de Santa Maria, Central da UFSM, das Faculdades Franciscanas (Santa Maria), e do Colégio Máximo Palotino (Santa Maria); além do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, o Arquivo Histórico de Santa Maria, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, o Museu Gama dEça (UFSM), a SUCV - União de Previdência (Santa Maria) e o Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSM, bem como acervos particulares. Não é de espantar que o livro seja citado em 7 dos 18 trabalhos acadêmicos selecionados, após 4 horas de pesquisa, por apresentarem interesse para a história da ferrovia em Santa Maria (RS). Deixam bem claro, porém, que seu trabalho viria complementar, não substituir, obras fundamentais como:
Como sugestão para pesquisa, eis alguns dos trabalhos acadêmicos localizados [Deixo de fazer os links, pela impossibilidade de voltar a checá-los ano após ano. A simples seleção dos títulos e autores permite localizá-los rapidamente na internet]. «» ª Outras fontes sobre a ferrovia em Santa Maria (RS)
(…) as estações (1885 e 1900) e o conjunto de residências construídas, a partir de 1905, pela companhia para seus funcionários graduados [p. 176]. Vê-se, pois, que Santa Maria teve duas estações férreas, ambas localizadas no extremo norte da zona urbana da cidade. A primeira estação localizava-se, segundo Beltrão (1979, p. 327), “onde está o pátio de manobras (em 1951-1952)”. A de 1899, que existe atualmente, é a mais conhecida … (ver Fig. 71, p. 178) [p. 177].
A COOPFER chegou a ter: 20.752 associados; armazéns e subarmazéns em 17 núcleos ferroviários do Rio Grande do Sul; farmácias em 15; seções industriais de torrefação e moagem de café, fábricas de sabão, de massas, de bolachas, matadouro, açougue, lenharia, padaria, confeitaria, tipografia, marcenaria e estofaria em Santa Maria, além de fábrica de confecções também em Porto Alegre e Rio Grande; escolas; Casa de Saúde em Santa Maria [Nota 38, p. 139].
Como a primeira estrada a chegar a Santa Maria ligava a Porto Alegre (13 Out. 1885) em direção ao leste, foi implantada uma primeira estação a leste da central junto à atual rua Comissário Justo. Assim, as duas estações funcionaram simultaneamente até a década de 1940. Neste desenho [planta 1902] observa-se também o registro da rua Itararé, atual rua Visconde de Ferreira Pinto, origem do bairro Itararé, ocupado historicamente por pessoas ligadas à atividade ferroviária. A denominação da rua faz referência à estrada de ferro que se estendia até a cidade de Itararé em São Paulo. (…) Ainda chama a atenção nesta planta, a indefinição da ligação do Largo da Estação que viria a ser construído à direita do prolongamento da então Avenida Progresso e o registro de que, passados três anos da implantação da estação ainda não havia sido instalado nenhuma atividade comercial decorrente das atividades da estação férrea, como viria a acontecer nos anos seguintes[p. 93-94]. Foto de 1958 (abaixo) mostra o triângulo cruzando o pátio (oficinas) em sentido inverso à curva do pátio. Observe a locomotiva a vapor fumaçando no triângulo, indo / vindo da Linha Itararé [p. 114]. … dia 17 de Maio de 1958, quando a comunidade de Santa Maria comemorava o centenário de emancipação política o qual foi registrado no “Álbum Ilustrado” organizado “sob os auspícios do Comércio e Indústria do Município de Santa Maria, com autorização da colenda Câmara de vereadores e da Prefeitura Municipal” com a participação de colaboradores provenientes da política, das artes plásticas e da literatura entre outras expressões. Esse Álbum registra, além de dados históricos e estatísticos, o olhar dos seus médiuns: escritores, fotógrafos, jornalistas, pintores, sobre o seu próprio trabalho de construção — a construção até então, do espaço social de Santa Maria. Muito embora o tom ufanista que caracteriza esse tipo de publicação, as dimensões representadas guardam forte identificação com os dados quantitativos e registros fotográficos apresentados[p. 121]. Fonte: Álbum Ilustrado comemorativo do 1º Centenário da emancipação política do Município de Santa Maria. J. P. Abreu (org.). Porto Alegre, 1958 [Nota, p. 159]. «» ª |
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A ferrovia em Santa Maria
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