Centro-Oeste - Trens, ferrovias e ferreomodelismo
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Ferrovias do plano proposto pelo engenheiro André Rebouças
Ferrovias do plano proposto pelo engenheiro André Rebouças, reconstituído em mapa cerca de 100 anos depois

Bibliografia

• A Gretoeste: a história da rede ferroviária GWBR - 25 Abr. 2016

• Índice das revistas Centro-Oeste (1984-1995) - 13 Set. 2015

• Tudo é passageiro - 16 Jul. 2015

• The tramways of Brazil - 22 Mar. 2015

• História do transporte urbano no Brasil - 19 Mar. 2015

• Regulamento de Circulação de Trens da CPEF (1951) - 14 Jan. 2015

• Batalhão Mauá: uma história de grandes feitos - 1º Dez. 2014

• Caminhos de ferro do Rio Grande do Sul - 20 Nov. 2014

• A Era Diesel na EF Central do Brasil - 13 Mar. 2014

• Guia Geral das Estradas de Ferro - 1960 - 13 Fev. 2014

• Sistema ferroviário do Brasil - 1982 - 12 Fev. 2014

  

Trens turísticos

Trem do Corcovado
São João del Rei
Campos do Jordão
Ouro Preto - Mariana
Trem das Águas
Trem da Mantiqueira
Trem das Termas
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Em projeto

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Trem ecoturístico da Mata Atlântica
Locomotiva Zezé Leone

Antigos trens turísticos

São Paulo - Santos
Cruzeiro - São Lourenço
Trem da Mata Atlântica
Trem dos Inconfidentes
Trem Curitiba - Lapa

Calendário 1987
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Trens de passageiros

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São Luís - Parauapebas

Antigos trens de passageiros

Xangai
Barrinha
Expresso da Mantiqueira
Barra Mansa a Lavras
Trem de Prata
Trem Húngaro
Automotrizes Budd
Litorinas Fiat
Cruzeiro do Sul
Trem Farroupilha
Trem de aço da Paulista

Plataforma de embarque: 1995

Trens turísticos e passeios ferroviários
Trens de passageiros
Museus ferroviários
Maquetes ferroviárias
Eventos

  

Ferreoclipping

• Livro sobre a GWBR em João Pessoa e Recife - 12 Mai. 2016

• Museu Ferroviário de Natal - 25 Abr. 2016

• Passagens e calendário do trem turístico Ouro Preto - Mariana | Percurso - 20 Dez. 2015

• Passagens e descontos do Trem do Corcovado | Onde comprar - 12 Dez. 2015

• EF Campos do Jordão | Horários | Hospedagem - 15 Jul. 2015

  

Bibliografia
braziliana

Grande sertão: veredas - 29 Out. 2014

Itinerário de Riobaldo Tatarana - 27 Out. 2014

Notícia geral da capitania de Goiás em 1783 - 26 Out. 2014

Memórias do desenvolvimento - 19 Out. 2014

Preexistências de Brasília - 13 Out. 2014

Viagem pela Estrada Real dos Goyazes - 9 Out. 2014

Francesco Tosi Colombina - 3 Out. 2014

Estrada Colonial no Planalto Central - 27 Set. 2014

A ilha do dia anterior - 18 Set. 2014

Chegou o governador - 12 Set. 2014

Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid - 3 Out. 2013

   

1874 - Planos Ferroviários
Plano Rebouças

Flavio R. Cavalcanti - 23 Nov. 2014

O chamado “Plano Rebouças”, foi exposto e defendido em um livro mandado publicar pelo governo imperial:

Garantia de juros
Estudo para sua aplicação às empresas de utilidade pública no Brasil
André Rebouças
Tipografia Nacional, Rio de Janeiro, 1874

« A primeira parte deste trabalho foi escrita no último mês de 1870 e nos primeiros meses de 1871: encetei a sua redação a 18 de Dezembro de 1870.

« Foi essa primeira parte revista, com a maior bondade, pelo meu muito venerado Mestre e Amigo o Visconde de Itaboraí, que Deus chamou à eterna mansão a 8 de Janeiro de 1872.

« A segunda parte foi escrita depois de promulgada a Lei da garantia de juros de 24 de Setembro de 1873.

« À ilustrada Redação do Jornal do Comércio sou grato pela publicação deste escrito em artigos desde 5 de Dezembro de 1873 até 28 de Janeiro de 1874.

« S. Ex. o Sr. Conselheiro José Fernandes da Costa Pereira Junior, muito digno Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, teve a bondade de mandar tirar a presente edição: aproveito esta oportunidade para certificar-lhe minha sincera gratidão.

« Rio de Janeiro, em 15 de Agosto de 1874.

« O Engenheiro André Rebouças. »

   

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É na segunda parte desse trabalho que André Rebouças faz quase que uma pausa, para expor, no Capítulo XVII, sua “Teoria do sistema geral de viação do Império”:

Sumário. – O litoral da Paraíba do Norte contém os pontos mais orientais do Império. – Pela província da Paraíba do Norte passará o maior caminho de ferro interoceânico da América do Sul. – Teoria do sistema geral de viação do Império. – Determinação das linhas bases. – Grande triângulo de viação. – Diretrizes paralelas à base amazônica. – Diretrizes convergentes ao vértice meridional. – O rio S. Francisco. – Descrição das principais paralelas ou dos grandes caminhos interoceânicos brasileiros. – Paralela do vale do Paraíba do Norte. – Paralela do rio S. Francisco. – Paralela do Paraguaçu. – Paralela do Jequitinhonha. – Paralela do rio Doce. – Paralela do Rio de Janeiro. – Paralela de São Paulo. – Paralela do Iguaçu. – Paralela do Uruguai. – Paralela do Jacuí e do Ibicuí. – Linhas convergentes mais notáveis. – Confluentes do Amazonas. – Convergente do Madeira, Guaporé, Aguapeí e Paraguai e convergentes análogas. – Convergente do Tocantins. – Araguaia. – Rio Vermelho. – Anicuns, Paraíba e Paraná. – Convergente do Tocantins e do rio S. Francisco. – Convergente do Parnaíba. – Gurgueia. – Rio Preto. – Rio Grande. S. Francisco. – Rio das Velhas e rio Paraíba do Sul. – Críticas e objeções à teoria das convergentes e paralelas. – A serra do Mar e o Paraíba do Sul. – Sistema radial e sistema quadriculado ou sistema europeu e sistema americano. – Qual o sistema que melhor convém ao Brasil.

O “triângulo invertido” resumia o conceito da “Ilha Brasil”, que praticamente regeu a definição das fronteiras do Brasil no Tratado de Madri, de 1750, negociado pelo secretário brasileiro do rei D. João V [Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid. Jaime Cortesão. MRE / Instituto Rio Branco, Rio de Janeiro, 1956. Vol. 1, tomo II, II parte, “Alexandre de Gusmão e a Ilha Brasil”, p. 135-178].

  • O rio Amazonas — prolongando o litoral norte — seria o grande eixo horizontal

  • O litoral, do Nordeste ao Sul era, já então, o grande eixo leste

  • Os rios fronteiriços — Uruguai, Paraná, Paraguai, Cuiabá, Guaporé, Mamoré, ligados ao Madeira — formariam, com o tempo, o grande eixo oeste

No interior desse “triângulo”, os rios Paraná, Araguaia, Tocantins, São Francisco e Parnaíba tenderiam a formar os principais eixos norte-sul.

Caberia às ferrovias, portanto, a função de interligar esses grandes eixos de navegação, com traçados leste-oeste.

Esse “geometrismo” utilizado por André Rebouças não contribui nem um pouco para facilitar a compreensão de sua “Teoria do sistema geral de viação do Império”.

Tratava-se de definir apenas as linhas principais de uma estrutura final, a ser atingida no futuro, quando o país fosse finalmente coberto por uma "malha" viária bem mais densa.

De aparência totalmente diversa dos demais planos ferroviários — tanto do Império quanto da República — o Plano Rebouças é quase um manifesto de seu americanismo (ou yankismo, na terminologia de Rebouças), defendendo a atração de imigrantes em massa pela divisão e venda de terras, instituição do casamento civil, facilidades de naturalização, respeito aos direitos civis, liberdade de religião, liberdade de empreendimento, desenvolvimento das ferrovias, industrialização, etc.

Tomado ao pé da letra, — ou, das “10 paralelas” e de seu “geometrismo”, — passou a ser criticado como fantasioso, irreal, utópico, e aos poucos foi deixando de ser citado, sendo raro constar das resenhas mais recentes.

A estranheza decorre, em grande parte, de diferenças de concepção:

  • Indicava um quadro final, e não um estágio nivelado às finanças do momento;

  • Propunha acelerar o desenvolvimento, como faziam os Estados Unidos, e não adequar-se ao que (comparativamente) era estagnação.

O Plano Ramos de Queiroz, por exemplo (lançado no mesmo ano), incluiu nada menos do que 8 de suas “10 paralelas” — apenas descendo a detalhes de tortuosidade, e evitando esticá-las a distâncias capazes de assustar. Desse ponto de vista, o Plano Ramos de Queiroz seria, portanto, um plano de oportunidade, mais do que um projeto fixo e de longo prazo.

Compreendido, porém, como um conjunto de diretrizes, o Plano Rebouças poderia atravessar décadas e realizar-se à proporção daquilo que o desenvolvimento permitisse, a cada momento, — através de sucessivos governos, — como ocorreu, aliás, com os planos viários dos Estados Unidos; e como tem ocorrido, ao longo das últimas gerações, com a hidrovia do Tietê, p.ex.

O resultado seria uma ampla rede de comunicações, cobrindo o território do Brasil — pela conexão de ferrovias leste-oeste com os eixos de navegação norte-sul (C3 a C6) — e integrando-o aos países vizinhos.

Rebouças, aliás, combatia todo tipo de desconfianças e intrigas que freqüentemente opunham a monarquia às repúblicas vizinhas.

Politicamente, as 10 paralelas igualavam os diversos portos do Atlântico — em oposição aos projetos sudeste-noroeste, que privilegiariam os portos do Rio de Janeiro, ou Santos, ou Antonina / Paranaguá. Ou só o de Santos, na prática, durante décadas.

Derrotado nos 13 empreendimentos capitalistas que chegou a estruturar — portos, ferrovias, companhia de águas, empresa florestal, etc. —, nos anos seguintes Rebouças voltou-se para a abolição da escravidão como estratégia de desmantelamento da oligarquia latifundiária.

Seu projeto de reforma da terra (cadastro e parcelamento dos latifúndios para atrair imigrantes) — anunciado por D. Pedro II na última Fala do Trono, em 1889 — parece ter assustado a oligarquia cafeeira e precipitado a derrubada da monarquia.

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Planos ferroviários
1835: Plano Vasconcelos | 1838: Plano Rebelo | 1859: Plano Ottoni | 1869: Plano Morais | 1871: Carta itinerária | 1973: Plano Ewbank | 1874: Plano Ramos de Queiroz | 1874: Plano Rebouças | 1881: Plano Bicalho | 1882: Plano Bulhões | 1882: Plano Ramos de Queiroz (II) | 1886: Plano Rodrigo Silva | 1890: Plano da Commissão | 1912: Plano da Borracha | 1926: Plano Baptista | 1926: Plano Pandiá Calógeras | 1927: Plano Paulo de Frontin | 1932: Plano Souza Brandão | 1934: Plano Geral de Viação Nacional | 1947: Plano Jaguaribe | 1951: Plano Nacional de Viação | 1955: Comissão Pessoa | 1956: Plano Ferroviário Nacional | 1964: Plano Nacional de Viação | 1973: Plano Nacional de Viação
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Ferreofotos

• Estação Aimorés - Trem Vitória a Minas - 27 Set. 2017

• EFSPRG - A ferrovia na guerra do Contestado - 25 Set. 2017

• Toshiba DNPVN - Porto do Rio Grande - 11 Jul. 2017

• A volta da locomotiva "Velha Senhora" (1981) - 18 Fev. 2017

• Reconstrução da Rotunda de São João del Rei (1983-1984) - 8 Dez. 2016

• Trem do centenário do cerco da Lapa (1993) - 2 Dez. 2016

• Embarque de blindados em vagões Fepasa (1994) - 27 Nov. 2016

• Os “antigos” trens turísticos a vapor da RFFSA - 23 Nov. 2016

• G12 canadenses “espartanas” nº 4103-4196 na ALL - 7 Set. 2016

• Locomotivas “Loba” GE 1-C+C-1 nº 2001 a 2025 Fepasa - 5 Set.. 2016

  

Ferrovias

• Estrada de Ferro Goiás - 30 Jul. 2018

• Locomotiva GE U23C nº 3902 RFFSA - 8 Out. 2017

• Trem Vitória - Belo Horizonte - pontos de venda - 2 Out. 2017

• Horários do Trem Vitória - Belo Horizonte - 28 Set. 2017

• Litorinas Budd RDC no Brasil - 27 Set. 2017

• Trem das Águas - ABPF Sul de Minas - 15 Set. 2017

• Fases de pintura das locomotivas English Electric EFSJ / RFFSA - 2 Mai. 2017

• A Velha Senhora no trem da Luz a Paranapiacaba (1985) - 22 Fev. 2017

• Horários do Trem turístico S. João del Rei - 6 Dez. 2016

• Trens especiais Curitiba - Pinhais (1991) - 29 Nov. 2016

• Trem turístico a vapor Curitiba - Lapa (1986) - 26 Nov. 2016

Os “antigos” trens turísticos a vapor da RFFSA - 21 Nov. 2016

  

Bibliografia
braziliense

Conterrâneos Velhos de Guerra - roteiro e crítica - 7 Nov. 2014

Como se faz um presidente: a campanha de JK - 21 Ago. 2014

Sonho e razão: Lucas Lopes, o planejador de JK - 15 Ago. 2014

Brasília: o mito na trajetória da Nação - 9 Ago. 2014

Luiz Cruls: o homem que marcou o lugar - 30 Jul. 2014

Quanto custou Brasília - 25 Set. 2013

JK: Memorial do Exílio - 23 Set. 2013

A questão da capital: marítima ou no interior?

No tempo da GEB

Brasília: a construção da nacionalidade

Brasília: história de uma ideia

  

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